Operação fiscaliza pontos de venda de gás de cozinha; 120 policiais participam

Polícias militares e civil e órgãos de defesa do consumidor verificam irregularidades em revendedoras. Caso sejam constatadas, proprietários de pontos podem ser presos.

Karoline Zilah

Uma operação na manhã desta quinta-feira (16) envolvendo autoridades do Ministério Público do Estado e 120 homens das polícias Militar e Civil, incluindo do Grupo de Operações Especiais (GOE), fiscaliza pontos de revenda de Gás Liqüefeito do Petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. Segundo Glauberto Bezerra, promotor de Defesa do Consumidor, pode haver prisões em flagrante caso sejam constatadas irregularidades.

A ação na Grande João Pessoa conta, ainda, com agentes do Instituto de Metrologia e Qualidade (Imeq), do Procon Estadual e do Corpo de Bombeiros, que serão responsáveis por fiscalizar as condições de segurança dos estabelecimentos comerciais e dos produtos disponíveis à venda.

A operação desta quinta é resultado de uma força-tarefa do Ministério Público que investigou denúncias envolvendo mais de 100 pontos de venda de gás de cozinha. Também está sendo apurado se empresas distribuidoras estimulam a venda ilegal do produto.

A estimativa é de que 80% da venda de gás de cozinha na região metropolitana seja feita irregularmente. “Temos em alguns locais verdadeiras bombas relógios”, comentou Glauberto Bezerra.

“Vamos fiscalizar revendedores não autorizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) que estão quebrando regras de segurança. Além de diminuir o peso do botijão de gás, constatamos que muitas normas de segurança não estão sendo cumpridas, podendo causar prejuízos materiais e danos humanos”, explicou o promotor.

Ele lembra o caso de uma explosão ocorrida em abril no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, que vitimou mãe e filho quando eles estavam fritando salgadinhos para distribuir em lanchonetes da Capital. Ambos tiveram quase 100% dos corpos queimados e morreram depois de serem internados no Hospital de Emergência e Trauma.