PF deve apurar denúncia feita pelo CRM contra assessoria do Trauma

Conselho Regional de Medicina da Paraíba ingressou com notícia crime na Polícia Federal para apurar a intimidação dos conselheiros por parte dos funcionários do Trauma.

Da Redação
Com Assessoria do CRM

Após os desentendimentos entre o Conselho Regional de Medicina da Paraíba e a assessoria de imprensa do Hospital Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, durante a fiscalização do último dia 11, o CRM ingressou com notícia crime na Polícia Federal para apurar a intimidação dos conselheiros por parte dos funcionários do Trauma.

De acordo com o CRM, a atividade de fiscalização em todas as unidades médicas do Estado é uma obrigação legal do conselho. Segundo a notícia-crime, o CRM-PB teve a atividade de verificação dificultada, em virtude da conduta de um assessor de imprensa que obstaculou de forma incisiva o normal exercício da fiscalização.

O funcionário da assessoria de imprensa ficou acompanhando a fiscalização com uma câmera filmadora, inibindo o trabalho do CRM-PB. Por esse motivo, a fiscalização foi suspensa por alguns instantes e retomada, após a intervenção do diretor administrativo do hospital.

“Somos uma autarquia federal, que tem autorização para fiscalizar qualquer unidade hospitalar. Uma ação como essa tenta inibir o nosso trabalho, prejudicando o apanhado de relatos de pacientes e profissionais de saúde”, ressaltou o primeiro secretário do CRM-PB, Roberto Magliano.

A assessoria do Trauma ainda não estava ciente da atitude do Conselho Regional de Medicina, mas informou que quando tivesse uma posição entraria em contato com a reportagem do Paraíba1 para falar sobre o caso.

CRM X assessoria do Trauma

Durante a inspeção dois funcionários, que se identificaram como sendo da assessoria do Trauma, acompanharam toda ação, mas um deles ficou todo o tempo com uma câmera filmadora registrando todos os passos dos médicos. Os integrantes do Conselho se sentiram intimidados e suspenderam a inspeção por alguns minutos para cobrar da direção do Trauma uma intervenção em relação à atitude dos assessores.

Após a denúncia ter sido feita, o assessor que estava com a filmadora não acompanhou mais a inspeção. Antes da vistoria começar o CRM já havia conversado com a direção sobre a atitude de outros assessores que teriam intimidado um médico fiscal durante a fiscalização do último dia 28.

“Quando estávamos entrando no Trauma, uma pessoa que se dizia ser da assessoria colocou um microfone de manteira ostensiva no rosto do nosso médico fiscal”, esclareceu Roberto Magliano, primeiro secretário do CRM.