Polícia prende mais cinco envolvidos em expulsão de famílias

Segundo a polícia, quadrilha retirava famílias de residências no Cristo para revender os imóveis.No total, 15 pessoas envolvidas no esquema já foram autuadas.

A Polícia Civil da Paraíba prendeu, na noite desta quinta-feira (26), mais cinco pessoas acusadas de envolvimento na expulsão de moradores de casas na comunidade Boa Esperança, no bairro do Cristo, em João Pessoa. Os suspeitos, capturados durante a Operação Esbulho, teriam expulsado mais de 30 famílias de suas residências.

Com as prisões desta quinta, um total de 15 pessoas, incluindo um apenado, já foram identificadas por envolvimento com o esquema. Segundo a polícia, as casas, provenientes de programas habitacionais do Governo Federal, eram utilizadas para comercialização de drogas.

Mauricio José da Silva, Washington Oliveira dos Santos e Joanderson Neves Nunes foram presos por cumprimento de mandado de prisão na própria comunidade Boa Esperança. De acordo com o delegado Allan Terruel, titular do Grupo de Operações Especiais (Goe) Joanderson é suspeito de homicídios e Washington Oliveira é acusado de tráfico.

Além dos três suspeitos, foram presos também um taxista e uma mulher. "O motorista de táxi é também vigilante e deu fuga a pessoas que estavam sendo procuradas pela Polícia", afirmou o delegado. "Ele também fazia o transporte dos traficantes no dia-a-dia, levando a droga. Com a mulher foi encontrada uma pistola calibre 38, maconha e dinheiro", explicou.

Entenda o caso

De acordo com as investigações da polícia, o esquema era coordenado de dentro da Penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1) por Djanilson Meireles de Lima, o Sapoti, de 28 anos, preso por homicídio.

Os membros da quadrilha obrigavam as famílias a deixarem as residências e revendiam os imóveis; o dinheiro era utilizado para comprar drogas que abasteciam o tráfico em vários bairros de João Pessoa. Algumas das casas também eram utilizadas como ponto de vendas de entorpecentes.

Nove suspeitos de participação na quadrilha já haviam sido presos na manhã de quinta. Todos os acusados foram ouvidos e encaminhados para presídios da capital; questionado, Djanilson negou envolvimento com os crimes.