Prefeitura vai dar seguimento às obras

Secretaria de Infraestruttura diz que obras em mercados nunca pararam e que há propostas de melhorias.

O engenheiro da Secretaria de Infraestrutura, Henrique Lott, que é responsável pelas obras nos mercados da Torre e do Centro, informou que a conclusão da segunda etapa das obras no Mercado da Torre está prevista para acontecer até agosto deste ano. Ao contrário do que denunciaram os comerciantes, sobre a interrupção nos serviços, ele afirmou que as obras nunca pararam.

Já sobre a situação dos pavilhões 3 e 4 do Mercado Central que ainda não foram reformados, o engenheiro alegou que as obras nesses setores foram paralisadas desde a gestão municipal de 2012. Contudo, ele informou que “a licitação para as obras no pavilhão 4 não tem previsão para acontecer”, e adiantou que nesse projeto estão inclusas melhorias na urbanização, como construção de estacionamento, área de lazer e caixas d’água.

Sobre a situação encontrada nos mercados públicos do Rangel e de Oitizeiro, a Secretaria de Planejamento de João Pessoa (Seplan) informou, por meio da assessoria de comunicação, que “no Mercado Público de Oitizeiro está acontecendo o cadastramento dos comerciantes do local para a elaboração de um projeto de melhoria. Já no caso do Mercado do Rangel, existe uma proposta de projeto que foi encaminhado para o setor de orçamento da Seplan”. Contudo, a assessoria não informou a previsão para a execução das obras.

LIMPEZA

Quanto à sujeira encontrada nos mercados públicos visitados pela reportagem, o superintendente da Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana (Emlur), Anselmo Guedes, informou que a higiene nos locais é feita diariamente pelos agentes de limpeza. Ele alegou que a sujeira encontrada nos locais se deve “à falta de sensibilização dos comerciantes no descarte dos resíduos”.

“As equipes da Emlur estão em todos os mercados da cidade diariamente. A equipe da Emlur só vai ter condições objetivas de fazer intervenções nos mercados se tiver ajuda dos comerciantes. Em todos os mercados nós disponibilizamos caçambas e pedimos a sensibilização dos feirantes para não dispor resíduos perecíveis rápidos nesses locais”, explicou Anselmo Guedes.

Ainda segundo o gestor, um projeto conjunto entre a Emlur e Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) está em desenvolvimento para realizar a disciplina dos comerciantes quanto ao descarte de produtos perecíveis.

CAMPINA GRANDE: COMERCIANTES PEDEM MELHORIAS

Historicamente desenvolvida pelos comerciantes de feiras livres, atualmente Campina Grande continua enfrentando problemas em seus sete mercados públicos municipais. Ao visitar os locais onde existem mais de 100 feirantes em cada um, não é tão difícil encontrar problemas estruturais que dificultam o trabalho de quem há décadas retira seu sustento da venda de alimentos e utilidades do lar. Como principais reivindicações, os mercadores cobram melhorias nos vazamentos, infiltrações, piso inadequado, paredes danificadas, entre outras adversidades.

Segundo o comerciante Luiz Martins, 68 anos, e que há 45 trabalha no mercado público do bairro da Liberdade, nunca houve uma ampla reforma no local. De acordo com ele, há mais de 10 anos prometeram construir um primeiro andar para que fosse oferecido mais espaço tanto para os comerciantes quanto para os consumidores, contudo não houve mudança.

“Aqui nós nunca vimos nenhuma reforma. Fizeram uma rampa e só, e faz muito tempo. Eu que tive que pagar para fazer uma coberta porque quando chove a quantidade de vazamentos é enorme”, disse Luiz.

Problemas semelhantes ao que são registrados na Liberdade estão nos demais mercados do município: Prata, Malvinas, Catolé, Jeremias, Severino Cabral e Feira Central. Apesar desse cenário, apenas este último possui um projeto de recuperação da área que empreende uma ampliação do espaço da feira, como também nas áreas ao redor de uma das áreas comerciais mais antigas da cidade. Quem apontou isso foi o diretor de Feiras e Mercados da Prefeitura Municipal de Campina Grande, César Galvão, destacando que todos os esforços no momento estão para o início dos trabalhos na Feira Central.

“Não temos como desviar nossa atenção para outros mercados no momento. O trabalho está focado no projeto da Feira Central, por isso os demais terão de esperar mais um pouco. Alguns serviços pontuais nós conseguimos fazer, como foi a recuperação das colunas de ferro do Mercado das Malvinas, e só porque não tem como fazer um projeto para cada mercado público. Estamos buscando também atender às reivindicações dos comerciantes da Prata, que é um mercado reinaugurado há apenas quatro anos, mas que já apresenta vários problemas”, explicou César.

Dentre os problemas vivenciados pelos comerciantes da Feira da Prata estão: ausência do elevador, apesar da instalação da estrutura para o equipamento; falta de rampas para cadeirantes, problemas elétricos e rede de esgoto deficitária, foram as principais lembranças que a comerciante Ana Pereira Dantas, 61 anos e que há quase 20 anos trabalha no local destacou ao se queixar de como o espaço se encontra atualmente.

“Pela ampla reforma que foi feita aqui, o tempo que ficamos sem poder trabalhar por conta da obra, e a situação que está, nem parece que foi feito nada”, afirmou. (Colaborou Givaldo Cavalcanti)