“Primeiro usei maconha, depois o crack”

Garota contou que teve a primeira experiência com drogas aos 10 anos.

Na casa de acolhida feminina, atualmente, há três adolescentes. Uma delas, de 17 anos, foi encaminhada ao local depois de praticar um assalto. A garota contou que teve a primeira experiência com drogas aos 10 anos. “Primeiro usei a maconha, em uma festa. Depois conheci o crack e então não larguei mais enquanto estava nas ruas”, revelou a adolescente, que morava com a mãe. Ela está na casa de acolhida desde o primeiro semestre deste ano.

A adolescente, que parou de estudar, disse que gosta do convívio da casa de acolhida. “É muito legal aqui. Os profissionais nos respeitam, nos dão orientação em relação aos nossos direitos”, afirmou a garota, que participa de atividades lúdicas e tem uma rotina bem mais tranquila do que no tempo em que vivia com a mãe. “Quando eu sair daqui, quero começar uma vida nova. Aprendi muita coisa boa aqui”.

Outra menina que foi acolhida tem 15 anos. A determinação judicial encaminhando-a para a casa de acolhida veio em abril deste ano. A garota afirmou que começou a usar drogas aos 13 anos, por curiosidade. “As pessoas falavam que era bom e eu quis provar”, explicou. O contato com a maconha trouxe inimizades e a afastou da escola. “Perdi a vontade de estudar, mas pretendo voltar à escola no próximo ano”, declarou a garota que agora faz curso de informática e está no processo de reintegração da família.