Professores e servidores fazem paralisação com indicativo de greve

Ao todo, cerca de 700 servidores e mil professores fazem parte do movimento. Única reivindicação da categoria é que seja respeitada a lei da autonomia financeira da UEPB.

Do Jornal da Paraíba

Professores e demais servidores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) paralisam suas atividades nesta quarta-feira (27) e podem entrar em greve por tempo indeterminado. Além das aulas, não funcionarão as secretarias, bibliotecas e centros da instituição. Ao todo, cerca de 700 servidores e mil professores fazem parte do movimento.

Marlene declarou que respeita o movimento e que a paralisação é um dos instrumentos de luta do servidor. A reitora ainda informou que as negociações junto ao governo do Estado estão avançando e que espera atender às reivindicações dos servidores e professores a tempo de impedir a paralisação, evitando que ocorram prejuízos maiores.

“Do ponto de vista administrativo, todo o possível está sendo feito. Estamos tentando solucionar essa situação antes da quarta, encontrar um ponto em que possamos atendê-los”, finalizou.

De acordo com José Sérgio, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), a única reivindicação da categoria é que seja respeitada a lei da autonomia financeira da UEPB. Segundo José Sérgio, desde janeiro já vem acontecendo conversas no intuito de regularizar os repasses de verba do governo estadual, mas ainda não há nada resolvido.

Os professores também se reúnem em assembleia e devem votar indicativo de greve. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb), José Cristóvão de Andrade, o repasse que o governo está fazendo à UEPB é insuficiente para o funcionamento da instituição. “O movimento entende a situação do estado, mas a gente precisa que o governo faça um acordo com a UEPB. O repasse não integral fere a lei da autonomia financeira” concluiu.

A lei de autonomia financeira da Universidade Estadual da Paraíba prevê reajustes salariais anuais nos dias 1º de janeiro, o que não aconteceu em 2011. O repasse dos duodécimos por parte do governo estadual à instituição de janeiro a março não aconteceram de modo integral. Os servidores cobram também repasses do ano passado que não foram feitos. Amanhã, só funcionarão cerca de 30% dos serviços da UEPB, relativos à própria segurança da instituição. A última greve que a universidade enfrentou se estendeu por seis meses entre os anos de 2001 e 2002.