Propagandas de políticos atrapalham pedestres

Excesso de propaganda eleitoral prejudica pedestres em Campina Grande; Ministério Público irá pedir diminuição

Quem passa pelas praças da Bandeira e Clementino Procópio, no Centro de Campina Grande, ou por vários outros pontos movimentados da cidade, como na Avenida Juscelino Kubitschek no bairro do Presidente Médice, conhece bem a dificuldade que é caminhar nesses espaços sem se deparar com placas e cavaletes com propaganda eleitoral. O excesso dos utensílios está preocupando a Justiça Eleitoral e o Ministério Público (MP) vai pedir a realização de rodízios ou a diminuição da quantidade de objetos expostos.

Na próxima segunda-feira à tarde, o MP e juízes eleitorais irão se reunir com representantes de todas as coligações que disputam a Prefeitura do município esse ano. “A lei permite a utilização desse tipo de ferramenta, mas não pode ter excesso. Temos recebido muitas reclamações e nós vamos determinar que seja feito o disciplinamento. Com certeza iremos discutir a questão e chegaremos a um acordo”, avaliou o promotor da propaganda de rua de Campina Grande, Luciano Maracajá.

Mototaxista há cinco anos na Praça da Bandeira, Eclécio Luciano Oliveira Sousa, de 33 anos, aponta os transtornos causados pelas placas. “Essas placas atrapalham a visibilidade dos motoristas, mototaxistas e clientes, pois elas impedem que alguns clientes nos vejam, e sempre que bate um vento a placa vira e isso pode machucar de verdade”, relatou.

A professora Kátia Duarte, de 40 anos, relatou que quase teve um problema. “Quando eu passei deu um vento e uma das placas caiu. Por pouco não machucou a minha perna. Além disto, a praça fica muito feia com essa quantidade exagerada de placas. Elas atrapalham muito até a visão do trânsito”, comentou a professora.

A propaganda de rua é regulamentada por várias leis e instruções normativas, elaboradas pelos tribunais superiores eleitorais brasileiros, entre elas a Lei nº 9.504/97.