Recepcionista de motel diz que não viu adolescentes no veículo

Recepcionista disse que ao olhar para o interior do carro não conseguiu ver mais ninguém, além dos dois homens suspeitos dos crimes.

Em relato ao delegado de Homicídios, Francisco de Assis, a recepcionista Jaidete Rodrigues de Andrade, 31 anos, que trabalha no Hiper Motel, onde uma adolescente foi assassinada no dia 12 deste mês, revelou que só viu o carro Fiat Uno de cor prata chegando com dois homens no banco da frente e que eles pediram a chave de uma suíte.

A recepcionista disse que ao olhar para o interior do carro não conseguiu ver mais ninguém, além dos dois homens suspeitos dos crimes. O JORNAL DA PARAÍBA teve acesso ontem ao depoimento prestado por ela na Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Campina Grande.

Segundo Jaidete Rodrigues, por volta das 22h30 houve um forte barulho vindo da área onde ficam as suítes do motel. Ela disse que não foi até o local, pois existe uma funcionária específica para fiscalizar os quartos. Pelo circuito de câmeras, a recepcionista viu o momento em que os acusados saíram da garagem da suíte e em alta velocidade, arrancando o portão de saída do motel.

Ainda, durante o depoimento de Jaidete Rodrigues, o delegado Francisco de Assis mostrou a foto da adolescente Caroline da Silva Almeida, 17 anos, assassinada dentro do motel com um tiro na cabeça, mas a recepcionista disse que não viu Caroline no carro e nem a conhecia. Quando o delegado mostrou a foto de Luciano Sinfrônio da Silva, a recepcionista disse de imediato que era o homem que estava dirigindo o carro.

Já a empresária Jacilene Isidro da Silva, que é sócia-proprietária do Hiper Motel, também prestou depoimento ontem, na Delegacia de Repressão aos Crimes contra Infância e Juventude. Ao ser interrogada pela delegada Alba Tânia, a empresária disse que não estava no estabelecimento no momento em que o crime aconteceu e que ficou sabendo do crime através da recepcionista, por telefone. (Especial para o JP)