Jacqueline Santos
Do Jornal da Paraíba
A reforma do Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) vai permitir que o local receba o triplo do número de visitantes. A obra terá início em agosto deste ano e deve ser concluída em seis meses. A expectativa da direção da Bica é de que logo após as primeiras intervenções o fluxo de pessoas salte das atuais 120 mil por ano para 360 mil anuais. Ontem, na ocasião da abertura da Semana do Meio Ambiente, foi assinado o termo de cooperação que autoriza a licitação para a primeira etapa do projeto de requalificação do Parque. A Prefeitura vai destinar recursos da ordem de R$ 1 milhão.
As mudanças vão promover melhorias no aspecto visual da estrutura existente e gerar um aumento na quantidade de equipamentos que integram o Parque. Segundo o vice-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, que representou o prefeito Ricardo Coutinho, a fase antecede um robusto plano de reordenamento do Parque e vai contar com recursos próprios da Prefeitura, com a contrapartida de verba federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “Cada intervenção requer um projeto diferenciado, que será executado de forma individual”, explica.
Nesta etapa da reforma, será contemplada toda a estrutura de entrada do parque, onde a bilheteria e o estacionamento passarão por várias modificações, além da revitalização da Fonte Tambiá, criação de recintos de pequenos mamíferos e de um serpentário. Os carros vão entrar no acesso atual e vão sair pela área externa da Bica. Serão várias alterações sempre levando em conta a preservação do aspecto bucólico do parque”, avisa o diretor Edilson Batista de Lima, acrescentando que estas alterações fazem parte de um conjunto de prioridades que foram previamente analisadas.
O projeto que pretende dar mais vida ao Parque Arruda Câmara foi o vencedor de um concurso nacional que aconteceu em dezembro de 2007. Um dos responsáveis, o arquiteto Marcos Santana, disse que todas as áreas da Bica vão passar por intervenções, com melhoramento e acréscimo de equipamentos como a construção do Memorial Arruda Câmara, criação de um jardim sensorial (contato com plantas a partir do tato e olfato), auditório para aulas de educação ambiental, recinto das aves em que os visitantes terão contato direto com os animais.
As mudanças também vão proporcionar maior acessibilidade para portadores de deficiência. “Todos os equipamentos de uso humano e animal vão sofrer reforma. O parque terá um projeto urbanístico que deve valorizar bastante o lugar. A área de contemplação às margens do lago também será valorizada. O parque será sinalizado com placas indicando as trilhas. Afinal, é uma série de grandes mudanças que vão ser nitidamente sentidas pela população”, informou.
Entre as autoridades, estavam presentes o superintendente do Ibama, Anselmo Castilho, o secretário de Infraestrutura, João Azevedo, do Meio Ambiente, Simão Almeida e o superintendente da Emlur, Coriolano Coutinho.
