Saúde faz ronda em hospitais de JP para detectar incidência da KPC

Estado vai programar visitas às UTIs dos hospitais de toda a Paraíba para implantar novos procedimentos de controle de infecções hospitalares relacionadas à superbactéria.

Da Redação

Representantes da Saúde do Estado e do Município de João Pessoa se reuniram, nesta sexta-feira (10), para discutir ações de segurança em relação ao caso de incidência da superbactéria, a bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), na Paraíba.

Segundo a chefe de Vigilância à Saúde do Estado, Júlia Vaz, uma ronda está sendo organizada por todos os hospitais da Paraíba, iniciando pelos que têm Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), para implantar novos procedimentos de controle de infecções hospitalares.

“Vamos fazer o recadastramento das comissões de controle de infecção hospitalar, implantar uma nova ficha de coleta de dados, já que a atual tem informações insuficientes, e apresentar um novo Manual de Segurança do Ministério da Saúde”, explicou Vaz.

Ela disse ainda que ficou acertado na reunião de hoje que é preciso reforçar a ideia da necessidade de os hospitais enviarem os indicadores de infecção hospitalar e de implantar a cultura de vigilância de micro-organismos resistentes em todos os pacientes de UTI. Somente depois disso é que o Estado passará a fazer visitas de fiscalização para garantir a adoção dos novos expedientes.

A reunião também serviu para que todos fossem atualizados a respeito da investigação do caso de superbactéria registrado no hospital Edson Ramalho, em João Pessoa, divulgado na quinta-feira, depois que equipes do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina (CRM) fizeram uma inspeção no hospital.

Júlia Vaz revelou que esta infecção foi constatada em um dos hospitais particulares, mas que não havia sido notificada. Segundo ela, já existia sido verificada a presença da superbactéria no último dia 16, mas somente quando a paciente foi transferida para o Edson Ramalho é que a Secretaria de Saúde foi informada.

Por conta desse caso, a UTI do Edson Ramalho está interditada atendendo apenas a paciente contaminada com a superbactéria e outras seis pessoas que tiveram contato com ela. A paciente infectada está em tratamento, mas ainda corre risco de morte.