Servidores da Saúde em CG não encerram greve

Apesar de ter sido declarada ilegal, greve continua em CG; presidente do Sintab disse não ter recebido nenhuma notificação do TJPB

Após uma semana da ilegalidade da greve dos servidores da Saúde de Campina Grande, a paralisação continua, segundo informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), Napoleão Maracajá.

Até a manhã de ontem, segundo ele, o sindicato ainda não havia sido notificado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que aceitou o pedido de ilegalidade da greve, solicitado pela Procuradoria do Município.

Mesmo com a greve, algumas unidades de saúde continuam funcionando normalmente com a maioria de funcionários comissionada, contratada e alguns efetivos.

No Núcleo de Apoio da Saúde da Família Juremas, localizado na rua Francisco Lopes, bairro Malvinas, a enfermeira Josineide Aguiar é uma das poucas servidores efetivas que continua trabalhando.

Conforme explicou Josineide, na unidade quase todos os serviços estão em funcionamento mesmo com a greve, excluindo apenas os atendimentos de rotina do consultório dentário, que não estão sendo realizados.

Ela completou dizendo que com exceção de uma médica e da auxiliar de consultório dentário, todos os profissionais que atuam na unidade estão trabalhando normalmente. “Eu sou enfermeira efetiva e estou trabalhando. Os atendimentos médicos estão normalizados porque o outro médico absorveu as consultas. Mas o dentista só está atendendo os casos de urgência porque está sem auxiliar”, relatou.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, as unidades continuam funcionando devido ao trabalho dos funcionários contratados e comissionados, assim como dos efetivos que não paralisaram suas atividades, na tentativa de que a população seja lesada o menos possível.

De acordo com o diretor de Saúde do Sintab, Giovanni Freire, uma assembleia será marcada, assim que o sindicato seja notificado. “A assembleia é quem vai decidir pelo fim ou não da greve”, frisou.

De acordo com o Sintab, cerca de 70% dos 2.027 trabalhadores da saúde permanecem em greve. Eles cobraram o cumprimento da lei do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), aprovada em 29 de dezembro de 2011. A Secretaria de Saúde informou que já está em negociação com o Sintab.