Servidores reclamam de assistência à saúde

IASS oferece 1,5 mil atendimentos por mês, mas número não é suficiente para a demanda.

Os servidores públicos estaduais da Paraíba que recorrem ao Instituto de Assistência à Saúde do Servidor (IASS) em busca de atendimento têm reclamado da demora para fazer as consultas e exames. Eles precisam enfrentar longas filas e há casos nos quais não conseguem realizar os procedimentos, devido à quantidade de pessoas que procuram pelos serviços ser alta e não haver vagas suficientes para atendê-las.

De acordo com o IASS, todos os servidores efetivos do Estado e seus dependentes têm direito ao benefício, totalizando 227.171 cadastrados. No entanto, é realizada uma média mensal de 11.210 atendimentos na sede em João Pessoa, e unidades do interior que ficam em Campina Grande e outras seis cidades.

Visando amenizar esses transtornos, o instituto criou uma tabela para marcação das consultas e exames, que começou a ser implantada nesse mês de maio. Ela estipula que todo procedimento seja realizado com data marcada, mas como está em fase de adaptação, as pessoas que procuram por esse tipo de serviço ainda estão com dificuldades. É o que conta o advogado Paulo Guerra, 68 anos. Ele procurou o IASS na manhã de ontem para marcar uma consulta, chegou às 5h45 e às 8h30 ainda não tinha sido atendido. “Isso é um desrespeito com o servidor, com o ser humano que tem que ficar esse tempo tudo em pé numa fila esperando para fazer a marcação de uma consulta”, desabafou.

O funcionário público José Ailton, 49 anos, estava há duas horas na fila e até compreende a espera, mas reclama da quantidade de atendimentos que são realizados por mês. “Como é muita gente esperando, é normal que a fila fique grande mesmo, o que deveriam fazer era aumentar o número de vagas de atendimento, assim a gente não tinha que passar por isso”, disse.

Segundo o agente responsável pelo IASS em Campina Grande, Gilson Cordeiro, a instituição oferece uma cota de 1,5 mil atendimentos por mês e esse número limitado se torna insuficiente para atender a demanda de servidores e seus dependentes.

“As pessoas costumam vir todas em um só dia e acabam provocando essas filas. Atendemos a um número limitado de pessoas e quando não dá para fazer todos os procedimentos no mesmo mês, marcamos para o próximo, mas se houver a necessidade de um atendimento de urgência, encaminhamos para João Pessoa. O problema é que é muita gente para ser atendida, de várias cidades. Se estabelecessem fazer cinco mil atendimentos, faríamos. Estamos analisando a possibilidade de ampliar o número de pessoas atendidas por mês”, justificou.
Reconhecendo que o problema persiste em todas as unidades do instituto no Estado e buscando solucioná-lo, a diretora-presidente do IASS, Laura Farias, disse que essa tabela de marcação irá diminuir a concentração de pessoas nos primeiros dias de cada mês.

Ela também explicou que está fazendo uma triagem da quantidade de atendimentos para saber quais as medidas que devem ser tomadas para melhor assistir essas pessoas.

O IASS (antigo Ipep), é um benefício oferecido pelo governo do Estado. Ele presta serviços de assistência à saúde, tais como assistência médica ambulatorial, laboratorial, fisioterápica e odontológica, atuando na promoção da saúde, prevenção de doenças, assistência e reabilitação dos doentes. Para ser atendido por ele, o funcionário público estadual deve se dirigir ao órgão, providenciar seu cadastro e sua carteira de usuário. (Especial para o JP)