Meteorologicamente explicado o motivo da baixa precipitação na região, a situação hídrica do Estado confirma o cenário preocupante no quesito reserva de água. Dos 123 reservatórios monitorados pela Aesa, apontavam dados no final do ano que 61 deles estavam com volume inferior a 20% de sua capacidade. Sendo que desses, 28 registram uma situação crítica, o que representa uma capacidade de menos de 5% de seu volume total, que quando não estão totalmente secos, não podem ser utilizados para consumo humano.
O açude Epitácio Pessoa, localizado na cidade de Boqueirão, o segundo maior do Estado com capacidade máxima de 411 milhões de metros cúbicos de água, em medição na última sexta-feira apresentava cerca de 153 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 37% de sua capacidade. Apesar de ser bem acima da média dos demais mananciais, esse açude é responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 14 cidades, o que obriga uma diminuição de 2 centímetros de sua lâmina, sendo um forçado pela evaporação e o outro pelo consumo.
Construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) na década de 1950, o açude de Boqueirão é gerido pela Agência Nacional de Águas (Ana) que garantiu estar monitorando a situação do reservatório diariamente. Segundo a Agência, para minimizar os efeitos da estiagem, principalmente no quesito racionamento, foram estabelecidas regras para evitar um consumo desenfreado de água.
