Venda de drogas no carrinho de CDs

Origem da droga ainda está sendo investigada pela polícia, mas, segundo o delegado Jorge Luís, ela era trazida de fora do Estado.

Um carrinho de fácil mobilidade e aparentemente destinado à venda de CDs foi utilizado por pai e filho para traficar drogas sem despertar a atenção da polícia, na zona rural da cidade de Puxinanã e no distrito de São José da Mata, em Campina Grande. O comércio foi descoberto pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) de Campina Grande, que prendeu a dupla e um terceiro homem, flagrado pelos policiais no momento em que entregava cerca de 8 kg de maconha na casa de Marcos Antônio da Silva, 42 anos, e do filho Marcos Antônio da Silva Júnior, 19 anos. Segundo as investigações da Polícia Civil, além de utilizar o carrinho, os dois também vendiam a droga em casa, no Sítio Grotão (Puxinanã), onde ocorreu o flagrante.

As prisões foram realizadas na última terça-feira, mas as informações só foram divulgadas ontem pela DRF, durante entrevista coletiva na Central de Polícia. Segundo o delegado Henry Fábio, no momento em que os policiais flagraram Carlos Andenay Silva, 25 anos, entregando a maconha na casa de pai e filho, havia três usuários no interior da residência aguardando a chegada da droga. Eles também foram levados para a delegacia, mas foram liberados depois de prestar depoimento.

“Ele usava desse disfarce de vendedor de CDs para poder traficar a droga pelas ruas, principalmente na zona rural, transparecendo uma atividade de comerciante”, explicou o delegado, ao destacar que Marcos Antônio Silva, apontado como chefe da organização criminosa, estava sendo investigado há cerca de 45 dias, depois que a polícia descobriu que existe um mandado de prisão expedido contra ele, também pelo crime de tráfico de drogas.

“Desde o último sábado, nossos agentes estavam fazendo diligências já com a desconfiança que o local era usado como ‘boca de fumo’, até flagrarmos o Carlos chegando ao local com a droga”, acrescentou.

A origem da droga ainda está sendo investigada pela polícia, mas, segundo o delegado Jorge Luís, ela era trazida de fora do Estado para Campina Grande, sendo responsabilidade de Carlos o transporte para Puxinanã. Apesar da grande quantidade de droga apreendida, em entrevista à imprensa, o acusado Marcos Antônio Silva negou ser traficante e disse que a maconha era pra consumo próprio. “Eu não vendo não. Isso aí é pra meu consumo. Eu compro muito, pois sou foragido e não gosto de ficar saindo muito de casa”, disse o acusado.

O filho dele, Marcos Antônio da Silva Júnior, também negou que estaria usando o carrinho de CDs para vender drogas. Já o acusado Carlos Andenay, que teria levado a droga até a casa de Marcos Antônio, disse que não tem relação com o grupo e que estava trabalhando como pedreiro na casa de Marcos Antônio da Silva. Após prestar depoimento, os três foram encaminhados para o presídio do Serrotão. Eles deverão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. (Colaborou Déborah Souza)