‘A Espera’, filme com direção e história paraibanas, é gravado em Sumé

Curta é inspirado no poema ‘A Espera’, de Ana Célia Gomes.

'A Espera', filme com direção e história paraibanas, é gravado em Sumé
“A Espera”, filme com direção e história paraibana é gravado em Sumé, no Cariri do Estado / Foto: Divulgação

Foi gravado um curta-metragem chamado de “A Espera”, neste domingo (22), em Sumé, Cariri da Paraíba. O curta é baseado em um poema, também chamado “A Espera”, e tem como objetivo trazer reflexões sobre o sobre tempo, anseios, afetos e sonhos.

O roteiro e a direção do filme são assinados pela comunicóloga e produtora Ana Célia Gomes, que também é a autora do poema  que dá nome ao filme.

“O filme surge de um poema de minha autoria, que está saindo papel e se tornando realidade, sendo levado para as telonas. Eu estou muito feliz, porque vai ser gravado na minha cidade, em Sumé. O filme fala sobre sonhos, sobre o desejo de afeto, sobre observar o mundo melhor, enxergar todos os seres ao nosso redor e ter um olhar mais humano”, explica Ana Célia.

O projeto foi aprovado pela Lei Aldir Blanc, no edital Margarida Cardoso, do governo do estado da Paraíba. As gravações do filme “A Espera” começaram neste domingo (22) e se estendem até a quarta-feira (25). Segundo a produção do filme, a obra ainda não tem data de lançamento.

A Espera
‘A Espera’, filme com direção e história paraibana é gravado em Sumé, no Cariri da PB

A Espera

(Ana Célia Gomes)

Esperei você chegar
Esperei você me amar
Esperei a felicidade
E essa me corroeu de ansiedade

Esperei os teus beijos
Esperei teus abraços
Esperei o desejo
De estar em teus braços
Esperei teu sorriso
Esperei teu afeto
Esperei pelo tempo
Pra te ter aqui perto
Esperei a alvorada
Na certeza de que aqui, tu farias morada
Esperei por você
Mesmo sem te conhecer
Mas a dor me consome
E eu nem sei o teu nome
Eu não vejo o teu rosto
E sofro com tamanho desgosto

Espero pelo afago que não conheço
O aconchego a que ainda não pertenço
Não encontrei esse olhar repleto de amor
O que sei dessa vida é um mundo que a mim causa dor

Um vazio que amarga os meus dias
Onde só o amor enfim a paz me traria
O sonho de uma outra realidade
Onde não seria impossível chegar até mim essa tal
felicidade

Com esse amor que traria a cura
Que me faria sentir a certeza do aconchego e da candura
E o meu olhar refletiria a sutileza
Ofertando também amor na forma da mais perfeita pureza

Mas a realidade é amarga e fria
Se eu pudesse lhe contar sobre os meus dias Talvez você sentisse a minha tristeza
E me tirasse do peito essa incerteza

Sei que não nasci para sofrer
Porque nesta vida todo ser merece do amor poder viver
Mas me pergunto o por que desses dias tão sombrios
Que faz meu coração viver em constante frio

Assim seguindo o caminho da solidão
Há quem não veja em meus olhos como dói meu coração Vagando pelas ruas da cidade
Esperando um olhar e às vezes pelo menos um pequeno gesto de bondade

Me cansei de esperar
Me cansei de sonhar
Vou viver a realidade
Sem ainda ter encontrado
Um amor de verdade