Centenário de José Pedrosa

Centenário de nascimento de José Pedrosa será lembrado nesta quinta-feira (27) em Campina Grande.

“Ele ensinou a cidade a amar o livro”, enfatiza a professora e memorialista Eneida Agra Maracajá, sobre o livreiro, editor, poeta e agitador cultural José Pedrosa, cujo centenário de nascimento será lembrado nesta quinta-feira, através do Memorial Severino Cabral (av. Getúlio Vargas, 344, Centro), em Campina Grande.

A partir das 16h, haverá no Memorial in Concert uma roda de conversa informal com – segundo Eneida – os “intelectuais comprometidos com a preservação da memória”: a professora e historiadora Léa Amorim, o cronista e memorialista Chico Maria, o pediatra e memorialista Virgílio Brasileiro, o presidente da Academia Campinense de Letras Ailton Elizário, o ator e memorialista Walter Tavares e o promotor de justiça e também memorialista Agnello Amorim.

“Haverá também um recital lírico com as marchinhas e a poesia dos velhos Carnavais com Eloísa Olinto e a banda CoMNtradição”, comenta Eneida. “José Pedrosa era boêmio e gostava muito do Carnaval”, justifica a organizadora.

PATRIMÔNIO HUMANO

Preservacionista do patrimônio histórico paraibano, José Pedrosa lutou para preservar o sobrado do pavilhão Epitácio, construído em 1922 em estilo art-nouveau, que foi sede do jornal Correio de Campina e sede do Clube 31, onde foram promovidos os mais famosos bailes de Carnaval de salão de Campina Grande, entre os anos de 1926 e 1953. “Quando teve a delapidação do patrimônio arquitetônico da Maciel Pinheiro, ele preservou a maior joia da cidade”, enfatiza Eneida.

Popular também pelo lema que criou, “Faça do livro o seu melhor amigo”, Pedrosa reunia em sua livraria anônimos e famosos, que transformaram o reduto em uma “Academia Informal de Letras paraibana”, de acordo com Eneida Maracajá, que também foi uma beneficiada que “bebia da fonte” cultural gerada pelo paraibano. “Houve muitos lançamentos de livros lá, frequentado por grandes nomes da literatura, das ciências e das artes”, relembra.

Para Eneida, o evento ajuda a própria comunidade – sobretudo os jovens – para entender e fortalecer a história e a memória paraibana.