Cineasta paraibano estreia na direção de longas com ‘Rebento’

Diretor André Morais fala sobre seu primeiro longa de ficção que está em fase de finalização.  Filme foi rodado no Sertão paraibano.

“É um filme muito feminino, simples e direto, mas ao mesmo tempo intimista, que tenta aprofundar o universo da personagem”, garante o diretor André Morais sobre seu primeiro longa-metragem, Rebento, que ainda está na mesa de corte da finalização e ‘nascerá’ daqui a dois meses.

“Uma mulher que comete um crime de madrugada e nós vamos acompanhando o resto do dia dela”, resume Morais. “Ao mesmo tempo que abandona a sua família, ela vai encontrar o pai e a mãe”.
Na tentativa de conviver com o amor e o desamor que traz em si, a protagonista encontra pelo caminho outras pessoas e vai deixando ‘pistas’ que serão verdadeiras ou não, de acordo com o realizador.

Rodado na microrregião de Sousa, no Sertão paraibano, o ‘parto’ de Rebento começou em 2007, quando o diretor ganhou um edital de elaboração de roteiro através do Ministério da Cultura (MinC). Para a produção, o filme foi selecionado como longa de ficção do Prêmio Walfredo Rodriguez 2012.
A personagem principal é vivida pela atriz Ingrid Trigueiro, atuante no teatro paraibano e que já participou de curtas como O Matador de Ratos (2013), de Arthur Lins.

O elenco do longa paraibano ainda conta com Zezita Matos, Fernando Teixeira, Zé Guilherme Amaral, Anna Luísa Pordeus, Frank Ferreira, Margarida Santos, Verônica Cavalcanti, Itamira Barbosa, Palmira Palhano e Angélica Lemos.

Segundo o cineasta, foram dois meses de preparação dos atores, cuja produção foi realizada em janeiro do ano passado. O compositor Eli-Eri Moura foi o responsável pela trilha sonora original, a partir do primeiro corte do filme. “Tem a participação de um quinteto de cordas e da cantora lírica Maria Juliana”.

TESTES E CANNES

Antes de trilhar os caminhos dos festivais audiovisuais e da via crucis de distribuição para exibição, Rebento chegou a ser analisado por um público em teste de audiência no mês de janeiro, em Brasília (DF). O objetivo é aprimorar a comunicação do filme com o público, onde a plateia responde a um questionário específico e participa de um debate com o realizador.

O longa também foi uma das 12 produções escolhidas pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) para participar de uma auditoria da Seleção Oficial do Festival de Cinema de Cannes. No começo deste mês, o filme foi exibido para o curador François Lardenois.