Mudanças no calendário da 6ª edição do Cineport – Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, evento bienal em João Pessoa que geralmente acontecia no mês de maio na Usina Cultural Energisa.
De acordo com Henrique Frade, diretor executivo do festival, o Cineport deste ano será realizado no mês de novembro. A edição mais recente, em 2011, aconteceu em setembro.
Ainda segundo Frade, a equipe de organizadores se reunirá na semana que vem para começar a definir a formatação do projeto, que poderá contar com a exibição de O Grande Kilapy, longa-metragem do realizador angolano Zezé Gamboa com algumas locações rodadas na Paraíba.
“Ele (Gamboa) me disse que vai lançar em João Pessoa”, afirma Henrique Frade. “Este ano os filmes africanos estão muito bons”.
O Grande Kilapy conta a história real de um galanteador bon vivant (vivido pelo brasileiro Lázaro Ramos), que não media esforços para desviar dinheiro do Banco Nacional de Angola e entregar aos seus amigos necessitados. Passado entre os anos 1960 e 70, o longa mostra a libertação de Angola, que culminou com a Revolução dos Cravos, em Portugal.
Fernando Andrade, um dos produtores executivos do filme, afirma que a produção já está passando pelos festivais no exterior, mas está sendo preparada a versão para o português do Brasil para lançá-lo no circuito nacional. “Quando chegar a master com o som, vamos agendar a dublagem com o elenco, mixar o som e fazer as cópias”, enumera.
Em 2009, Zezé Gamboa veio a convite do 4º Cineport e notou as semelhanças geográficas e arquitetônicas da capital paraibana com a Luanda colonial, terra do protagonista de O Grande Kilapy. Um ano depois, com os devidos contatos estabelecidos e apoio local, João Pessoa foi enquadrada na fotografia do seu filme, junto com as locações em Portugal e Angola.
Além de Lázaro Ramos, o elenco conta com atores como Adriana Rabelo, Antônio Pitanga, Maria Ceiça e o paraibano Buda Lira.
Sobre os filmes que serão exibidos na 6ª edição do Cineport, recentemente o diretor campinense André da Costa Pinto revelou que seu primeiro longa-metragem (inédito em João Pessoa), Tudo que Deus Criou, fará parte da programação do festival. (Com informações de André Cananéa)
