Ivan Gomes ganha biografia

Escrito pela professora Clea Cordeiro livro ‘Ivan Gomes: a História de um Lutador Imbatível’, conta a história do lutador campinense.

Ivan Gomes (1939-1990) já fez cerca de 600 lutas, das quais não perdeu nenhuma. O lutador campinense foi um dos pioneiros da luta livre no Brasil. Para contar esses feitos, a professora Clea Cordeiro escreveu o livro Ivan Gomes: a História de um Lutador Imbatível, que será lançado hoje, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), às 19h, em Campina Grande.

A obra trata da trajetória do conceituado paraibano por nunca ter perdido uma luta em 16 anos de profissão. “Ele era de uma coragem fora de série. Por isso o nome do livro, ‘lutador imbatível’, por que ele nunca perdeu para ninguém”, conta a autora do livro.

Clea Cordeiro foi noiva de Ivan e acompanhou a carreira e a vida do lutador durante 25 anos. A biografia foi um pedido dele. “Esse livro foi programado há 40 anos atrás”, conta a escritora.

São 220 páginas com fotos inéditas, que ilustram a trajetória do lutador que nas décadas de 1960 e 70 fez seu nome no estilo Vale Tudo, precursor do MMA (Mixed Martial Arts).

Apesar do estilo livre, Ivan usava golpes de boxe, jiu-jitsu e judô.

O livro também mostra os seus principais golpes, inclusive os usados para derrubar o famoso Carlson Gracie, principal lutador brasileiro na década de 1960, quando tinha 23 anos. A luta resultou em um empate, mas deu grande visibilidade ao paraibano.

O lutador imbatível também ficou famoso no Japão, onde fez mais de 86 lutas e aprendeu algumas técnicas de sumô. O convite para lutar lá partiu de Antonio Inoke, presidente da New Japan Pro Wrestling e criador do Pride.

Seu modo de luta era tão único que atualmente faixas pretas denominam o estilo de ‘Sistema Ivan Gomes’.

Atualmente, no Recife, existe a Federação Pernambucana de Jiu-Jitsu Tradicional Estilo Ivan Gomes, presidida por seu irmão, José Gomes.

INCLUSÃO SOCIAL

A obra de Clea Cordeiro também mostra o lado social do lutador. Ele criou em 1974, em Campina Grande, uma academia de luta.

“Ele montou em um período que ainda não se falava em academia, nem em saúde”, lembra a autora. “Era um visionário, que usava a luta para defesa e para ensinar autoconfiança”.

Cordeiro também conta que Ivan Gomes, naquela época, já se preocupava com inclusão social, ensinando um aluno cego a lutar.