Janailson Macedo lança livro de minicontos em Campina

Narrativas breves já correram por fora e chegaram ao lugar mais elevado no pódio da literatura.

As narrativas breves já correram por fora e chegaram ao lugar mais elevado no pódio da literatura.

Prova recente foi a entrega do Prêmio Camões às mãos de Dalton Trevisan, sempre hábil e minucioso na manipulação de um tipo de texto que, ao longo das décadas, foi encolhendo, encolhendo, até passar do nível macro para o micro.

O ‘microconto’, como é chamado atualmente, foi a escolha de Janailson Macedo Luiz para exercitar sua prosa.

O livro que autografa hoje, às 19h30, no Centro de Cultura e Arte da Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande, reúne seus pequenos contos escritos ao longo da primeira metade do ano passado.

Microf(r)icções (Editora Multifoco, 81 páginas, R$ 20) foi lançado por um selo carioca especificamente voltado para autores de um filão que, em meio a um verdadeiro fogo cruzado, busca seu espaço como gênero literário.

"O microconto coleciona muitas polêmicas e preconceitos", diz Janailson Macedo. "Um deles é o de que, pelo tamanho do texto, ele é mais fácil de ser trabalhado, quando o processo de escrever um conto é o mesmo de escrever um microconto", explica o escritor.

Retornando ao Núcleo Literário Blecaute, que havia abandonado temporariamente na época da escrita da obra, o ficcionista lembra-se de debates em torno da ‘twittização’ da literatura, algo que, segundo ele, serviu de estímulo para esta coletânea.

Janailson já está preparando o seu próximo livro: este, uma reunião de contos um pouco mais extensos publicados em revistas literárias do Brasil e do exterior.

O jovem é um dos editores da Revista Blecaute, colabora com a revista do Núcleo Literário Caixa Baixa e já teve textos seus reproduzidos em uma revista de Moçambique voltada para novos talentos.

A futura obra será lançada ano que vem e tem o título provisório de Desejo Insólito e Outros Contos.