Maxi Priest fala sobre o novo álbum e dos 30 anos de carreira

Na ativa desde os anos 1980,  Maxi Priest se tornou um dos nomes mais populares do reggae na Inglaterra; confira a entrevista completa. 

Foi cantando o amor que o astro do reggae Maxi Priest voltou às paradas de sucesso. ‘Easy to love’ é o novo hit e dá nome ao 10º álbum do cantor inglês, o primeiro de inéditas em sete anos. O disco acaba de sair no Brasil em CD pelo MTI Music & Video e também está disponível nos serviços de streaming.
“É muito importante que todos os gêneros de música possam enfatizar a palavra ‘amor’, porque amor é a chave para tudo que é bom e positivo. Quanto mais nós enfatizarmos a palavra ‘amor’, melhor para o mundo e para o ambiente que nós criamos”, comenta o músico, em entrevista exclusiva ao JORNAL DA PARAÍBA.

Na ativa desde os anos 1980, quando teve seu nome projetado pelo sucesso de hits como ‘Wild world’ e ‘Close to you’, Maxi Priest se tornou um dos nomes mais populares do reggae na Inglaterra, equiparado somente ao UB40.

Seu som continua misturando os ritmos jamaicanos ao soul, R&B, gospel e dancehall. Faixas como ‘Loving you is easy’, ‘If a gave my heart to you’ e ‘Without a woman’ são embaladas por uma levada sensual e romântica. ‘Hearts across the world’ encerra o repertório de 11 faixas com mensagem de paz e amor para o mundo.

Novamente trabalhando com a dupla Sly (baixo) e Robbie (bateria), os “gêmeos do ritmo”, veteranos músicos jamaicanos que já tocaram com Rolling Stones, UB40 e Bob Dylan, além de terem gravado sucessos antigos de Prist, ele diz que a dupla é séria e dedicada. “Eles têm criatividade em abundância e uma riqueza de experiências nesse mundo no entretenimento, assim como uma amizade de longa data. Eles têm uma ligação muito emocional com a arte”.

ENTREVISTA
Por André Cananéa

JP – Você acha que o Brasil é um país que aprecia muito o reggae?
MP – Definitivamente! Eu tenho ido ao Brasil desde os anos 1980. Nossa cultura é muito parecida. Nós temos uma conexão bem parecida com a África. Compartilhamos a mesma batida.

JP – Qual a sua relação com o Brasil? Você ouve música brasileira?
MP – Eu conheço Gilberto Gil e tenho uma tremenda admiração pela música brasileira. Como eu disse antes, nós compartilhamos uma cultura muito parecida e temos ritmos similares. Eu amo o Brasil! Sobretudo o futebol brasileiro (risos).

JP – Seu primeiro álbum (You’re Safe) acabou de completar 30 anos. A data será celebrada de alguma forma?

MP – Uau! E nem tinha percebido que havia se passado 30 anos. "It’s I, Maxi Priest and me have to mention / Lord me never hear such a dangerous band…" (cantarola ‘Caution’, uma das faixas do disco). (…) Apesar de apreciar o fato de que se passaram 30 anos, não é o tipo de coisa que me faça parar para produzir algo especial. Eu só quero continuar a escrever novos capítulos e páginas da minha vida. Mas gosto de saber que as pessoas reconhecem o fato de eu ter um disco com 30 anos de idade.

JP – Olhando para o passado, como você enxerga sua carreira de lá até agora?
MP – Olhar para minha carreira me traz um sorriso no rosto. Eu acho que eu tenho alguns marcos. Como eu disse, eu gosto de seguir adiante, criando o máximo de páginas para o livro da minha vida, e talvez algum dia alguém tenha a paciência e aprecie ler esse livro. (…)

JP -Algum arrependimento?
MP – Há coisas que eu gostaria de ter tido uma segunda chance. Há coisas eu gostaria de ter feito diferente. Houve algumas vezes em que rolou uma discussão acalorada quando estávamos criando um disco, com produtores, gravadoras e empresários, da maneira como as coisas deveriam ser feitas. Mas eu aprendi com isso. Uma vez que você aprende, você evolui e segue em frente, tanto positivamente, quanto negativamente. É o que eu extrai disso.