Minicirco no Arena

Grupo Acrobático Fratelli apresenta nesta quinta-feira (24) no Teatro de Arena ‘o menor espetáculo da Terra, no menor circo do Planeta’.

Seja na água ou no ar, o grupo paulista Acrobático Fratelli é consagrado por suas peripécias ousadas, que parecem não conhecer limites.

Em 2009, em plena avenida Conde da Boavista, no centro de Recife (PE), a trupe abriu a 5ª edição do Festival do Circo do Brasil atravessando, com uma bicicleta, cabos de aço que ligavam dois prédios a 45 metros do chão.

Em 2010, mergulhou na piscina do Sesc Santana, em São Paulo, para encenar um espetáculo em parceria com Cíntia Beranek (ex-Cirque du Soleil) e com atletas brasileiros de nado sincronizado.

Em João Pessoa, Kiko Caldas e companhia terão um desafio mais modesto: Le Petit Cirque Fratelli, que apresentam gratuitamente hoje, às 21h, no Teatro de Arena do Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa, tendo como cenário uma diminuta tenda onde se desenrola, de acordo com a produção, "o menor espetáculo da Terra, no menor circo do Planeta".

"Trata-se de um trabalho que explora a linguagem do palhaço, mas que traz esta herança que vem das alturas", descreve Kiko Caldas, ator responsável pela concepção cênica do projeto que integra a programação do ‘Vértice’.

A Mostra Permanente de Teatro, Dança e Circo da Funjope realiza ainda uma nova sessão de Ninguém Falou que Seria Fácil, no Teatro Santa Roza.

As oficinas também terão andamento com a participação dos Fratelli, que ministram, das 9h às 12h, também no Espaço Cultural, uma oficina que "trabalha técnicas específicas de circo como números aéreos com tecido, malabarismo e técnicas de palhaço", diz Caldas.

O grupo Acrobático Fratelli surgiu há 24 anos com a união dos irmãos Kiko (que é formado em Educação Física e já jogou rugby) e André Caldas (que é ginasta). A trupe já participou de eventos como a Virada Cultural de São Paulo, com presença assídua em quase todas as edições.

NEGÓCIO DE GREGO
Segundo Kiko Caldas, a origem da dupla não é italiana, como muitos pensam, mas grega. "Na verdade, quando surgimos, nos apresentavam como Irmãos Fratelli Brothers. Achamos o ‘sobrenome’ sonoro e resolvemos manter, colocando o ‘Acrobático’ no começo".

Segmento crescente na Paraíba, as artes circenses mobilizam grupos como o Piollin, o Arlequin, a Trupe de Teatro e Circo Pirulito e o Núcleo de Experimentação de Estudos do Cômico (Neeco), que foi atração do ‘Vértice’ no último mês de março com o espetáculo Clown Bar.

O gênero se alimenta de vertentes teatrais como as farsas, os musicais e os melodramas.