O Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente e da Educação (Caop-CAE), do Ministério Público da Paraíba, recomendou que crianças e adolescentes não assistam à série ’13 Reasons Why’, produzido pela Netflix. No alerta, emitido no no último dia 21 de abril, o órgão também elenca o jogo da ‘Baleia Azul’ como fortes indutores para que jovens vulneráveis passem a realizar tarefas e desafios que vão de automutilação ao suicídio.
No alerta, o Caop-CAE recomenda que a Secretaria da Educação estadual repasse para as Secretarias Municipais da Educação de toda a Paraíba a necessidade de se divulgar que os casos suspeitos sejam denunciados à polícia, instância adequada para investigar e apurar os fatos. “Os pais de crianças e adolescentes de todo o estado também precisam ser alertados”, destaca a promotora de Justiça Soraya Soares da Nóbrega Escorel, coordenadora do Caop-CAE.
Para Soraya Soares, os pais têm que acompanhar e monitorar as redes sociais dos filhos para saber o que eles fazem na tela do celular, do tablete, do computador ou dos jogos eletrônicos. “Tudo isso como forma de prevenção aos perigos decorrentes do jogo da ‘Baleia Azul’ e da série ‘13 Reasins Why’. Todo cuidado é pouco”. E a promotora completa: “O ato de incentivar e instigar uma pessoa ao suicídio é crime, previsto no Código Penal, passível de pena de dois a seis anos de prisão”.
13 porquês
A série ‘13 Reasons Why’, adaptado do best seller norte americano ‘Os 13 Porquês’, de Jay Asher, traz vários alertas a respeito de diferentes temas delicados na sociedade, mas ainda banalizados e tratados com preconceitos e tabus. Aborda situações de bullying, estupro, depressão, suicídio e falta de acesso a cuidados adequados em saúde mental. “Crianças e adolescentes não deveriam assistir à série, por conter cenas muito impactantes”, recomenda a promotora Soraya Escorel.
Baleia Azul
Jogo da Baleia Azul tem assustado pais em todo o mundo (Foto: Reprodução/Facebook)
O jogo ‘Baleia Azul’ (Blue Whale) consiste em um jogo clandestino perigoso no qual são dadas tarefas e instruções (num total de 50 desafios), geralmente de madrugada, submetendo os “jogadores” a uma forte pressão psicológica. As crianças e adolescentes são coagidos a cometer atos de automutilação, suicídio e outros desafios perigosos. Os desafios do jogo devem ser gravados e enviados aos membros do grupo criminoso.
