Neste mês foram seis capitais do Brasil – São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Fortaleza e Natal – até chegar a João Pessoa. Neste sábado, o projeto Caravana Rabequeiros de Pernambuco leva seu espetáculo da cultura popular nordestina ao palco da Usina Cultural Energisa, a partir das 20h.
“Todos os seis shows foram com o teatro cheio por onde a caravana passou”, testemunha Cláudio Rabeca, idealizador do projeto e que divide as apresentações com Maciel Salu, Renata Rosa e Mestre Luiz Paixão. “O público endoida com o os shows”.
Cláudio Rabeca evidencia que será apresentado o “sotaque de cada um” durante o show de uma hora e meia. “Apesar de serem quatro rabequeiros, a gente optou por não ficar no palco juntos”, informa. “Vamos apresentar nossos solos e duetos. No final, juntamos todos”.
Na turnê, Cláudio atenta que a cultura oriunda do Nordeste no Sul do país já tem um público cativo. “Com exceção de Porto Alegre – talvez por ser mais distante – o público sabe o que vai encontrar”, analisa.
O quarteto de rabequeiros é acompanhado na percussão por Gilú Amaral (Orquestra Contemporânea de Olinda) e Guga Amorim (Quarteto Olinda), além das cordas de Rodrigo Samico (Saracotia). Quem assina a direção musical da caravana é Hugo Linns.
De acordo com Cláudio, a ideia da Caravana Rabequeiros de Pernambuco partiu de um disco duplo lançado em 2011 intitulado Rabequeiros de Pernambuco, que compilou o registro sonoro de 24 instrumentistas do Estado vizinho. “O projeto é uma tentativa de levar o CD para os palcos do país”, afirma. “Mostrar também algo novo, vibrante, forte, cheio de energia e dançante”.
A turnê é patrocinada pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), através do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura). O ingresso para a apresentação deste sábado tem o preço único de R$ 5,00.
GRAVAÇÃO DO DVD
Depois da capital paraibana, amanhã a caravana volta para seu Estado de origem para realizar seu derradeiro show, no teatro Santa Isabel, na Praça da República do Recife, a partir das 19h.
Esta última parada também será gravada por quatro câmeras com intuito de produzir material para um futuro DVD, que dependerá também de outros patrocínios, segundo Cláudio Rabeca.
O músico pernambucano ainda revela que está nos planos a caravana continuar, desta vez com mais quatro rabequeiros no palco, e um festival onde o instrumento será o protagonista em Pernambuco.
“Antigamente, mal se ouvia falar da rabeca. Hoje temos mais espaços na mídia e as pessoas conhecem”, atesta.
“Tradicionalmente o instrumento é passado de pai pra filho, principalmente no interior. Não tem escola, nem universidade”.
