Os atrasos das reformas

Secretário de Cultura da Paraíba, Chico César comenta atrasos na entrega de equipamentos como o Espaço Cultural, em JP.

“Você já fez uma reforma na sua casa, né? Você chama o pedreiro ali e o cabra diz: ‘doutor, duas semanas, viu?!’ Aquilo pode virar 3 meses!”, conta o secretário de Cultura da Paraíba, Chico César, sobre os atrasos da entrega de equipamentos como o Espaço Cultural, em João Pessoa.

Em consequência, a edição 2014 do Festival Nacional de Arte (Fenart) mudou de data. “A gente quer entregar tudo – Teatro Santa Roza, Espaço Cultural, Teatro Íracles Pires em Cajazeiras e o Cine-teatro São José em Campina Grande – até julho”, prevê o secretário. “Não faz sentido fazer o Fenart sem o Espaço Cultural”.

Chico César deseja que o Santa Roza volte a ser o lugar historicamente como um ponto de encontro, com bastante ênfase na produção de teatro. “E ainda vamos ter um teatro de três mil lugares no Centro de Convenções”, informa.

Dentre os tradicionais festivais pelo interior da Paraíba, o secretário informa que irá apoiar mais uma vez o Caminhos do Frio – Rota Cultural, realizada nas cidades brejeiras de Bananeiras, Areia, Serraria, Pilões, Alagoa Nova e Alagoa Grande. “Agora amplia-se com mais uma cidade: Solânea”.

Novidades também terá o Festival de Artes de Areia, que será realizado no começo de julho. Depois de priorizar a autoestima do paraibano, ampliar para os artistas nordestinos e tematizar o universo feminino, Chico está estudando uma nova expansão.

“Esse ano ainda estamos discutindo internamente, mas temos a possibilidade de fazer um Festival de Areia que tematize a América Latina”, revela, frisando que o evento nasce como um festival de reflexão nos ano 1970, período onde a arte era de resistência às ditaduras militares que estavam instaladas no continente.

‘ESTADO DE POESIA’

Fora da pasta, o secretário de cultura tem engatilhado dois projetos para este ano.

O paraibano foi convidado para escrever um livro infantil, que será intitulado O Agente Laranja e a Maçã do Amor. “É uma história de amor que acontece na Festa das Neves. Ninguém melhor do que Shiko (quadrinista de Piteco: Ingá) para ilustrar esse livro porque somos dois sertanejos com uma cabeça bem internacionalizada, mas ao mesmo tempo somos muito paraibanos”.

Outro projeto é o seu novo disco, com título provisório de Estado de Poesia, que deverá ser lançado em setembro. “São todas inéditas, com exceção desta que Bethânia gravou em DVD (que dá nome provisional ao álbum)”.

Todas são de sua autoria, menos ‘Quero viver’, musicalizada por ele em cima de um poema do piauiense Torquato Neto (1944-1972).