Depois de passar pelas mãos de seu ex-regente titular, Marcos Arakaki, as batutas da Orquestra Sinfônica da Paraíba voltam para casa nas mãos do maestro auxiliar da OSPB, Luiz Carlos Durier, que está à frente da orquestra no concerto gratuito marcado para hoje em João Pessoa, às 21h, no Cine-Teatro Bangüê.

Executando um repertório composto pelas peças 'King Stephan, Op. 117' (de Beethoven), 'Danças para Harpa e Orquestra de Corda' (de Debussy) e 'Sinfonia N. 1 em Sol menor, Op. 7' (de Nielsen), a sinfônica do estado recebe como convidada especial a harpista carioca Vanja Ferreira, que falou ao JORNAL DA PARAÍBA sobre a apresentação desta noite.
Um dos nomes selecionados pelo programa 'Rumos Música' do Itaú Cultural no ano passado, Vanja participa com a performance de uma obra que, segundo ela, "foi originalmente composta para harpas cromáticas, com cordas cruzadas", explicou a instrumentista, uma das figuras mais atuantes na difusão da sonoridade da harpa nas universidades e formações de grupos musicais do país afora.

"Dividida em duas partes, uma dança sacra e outra profana, a peça foi encomendada a Claude Debussy por Pleyel, fabricante daquele tipo de harpa no século passado", destacou Vanja.
"Imagine, então, o grau de dificuldade que as danças oferecem para que sejam tocadas por uma harpa sinfônica, de pedais", completa a carioca, que estende sua atividade como catedrática de música por estados como Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Jaguará do Sul.

"Debussy é um dos compositores impressionistas de maior importância", atesta a harpista. "Ele foi o primeiro a transmitir, na música, esta sensação que antes só era conquistada nas artes plásticas: a de leveza em meio a camadas", complementa Vanja, uma das coordenadoras do Encontro Nacional de Harpistas, que ocorre em Santa Catarina.