Pequeno grande stand-up

Marcelo Serrado divide palco com Gigante Léo na comédia em pé ‘É o que Temos pra Hoje’, que faz passagem relâmpago pela PB.

Desde o fenômeno ‘Crô’, personagem que levou Marcelo Serrado aos cinemas no ano passado, o ritmo de vida do ator que deu vida ao mordomo homossexual entrou em um ritmo alucinante: prova disso é a sua passagem pela Paraíba com o stand-up É o que Temos pra Hoje, que tem sessões únicas apenas nesta noite de domingo, em João Pessoa e Campina Grande. Isso mesmo: o espetáculo está em cartaz em uma mesma noite nas duas cidades.

Na capital, Serrado sobe ao palco do auditório do Hotel Tambaú às 17h. Uma hora depois, pega a estrada para Campina Grande, onde a apresentação está prevista para as 20h no Teatro Severino Cabral. Os ingressos em João Pessoa custam R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Em Campina, R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia).

"Será cansativo, mas minha agenda está complicada e tenho que conviver com isso", confessa o ator, que diz adorar a Paraíba e aproveitou sua passagem pelo nosso litoral para aproveitar algo que não pode faltar para um carioca e ele não encontrou em Minas Gerais, último ponto da turnê: o mar. "Fui nas praias e amo o povo. O pessoal daí é dez."

Serrado veio acompanhado do ator Leonardo Reis, o Gigante Léo do grupo Porta dos Fundos, cujo canal viralizou no YouTube. Léo faz uma participação especial no espetáculo que brinca com as obsessões relacionadas à internet, ambiente com que os dois estão bastante familiarizados.

"Uso bastante o Twitter, Instagram e email", confessa Serrado, que se inspirou em experiências pessoais para escrever o texto.

"Sou um pouco dependente deste mundo novo e tem situações que vi e vivi que coloquei no espetáculo."

Marcelo Serrado fez o caminho inverso dos artistas que fazem stand-up: estreou na televisão (na novela Corpo Santo, da extinta TV Manchete, em 1984), e só depois migrou para o gênero, cujo desgaste no Brasil não é algo que preocupe o ator: "Acho que o estilo já ficou. Em toda a Europa e EUA tem muitos artistas de stand-up e a toda hora surgem novos", arrisca, citando o exemplo do companheiro de cena, que ele conheceu quando Léo fez pílulas para a web de Crô: o Filme (2013).

Segundo o intérprete do mordomo, Crô agora "foi descansar em paz" e não há projetos previstos para seu retorno às telinhas ou à telona. "Foi inesperado um personagem da TV ir para o cinema e fazer dois milhões de público, uma grande marca", surpreende-se.