Para os que não assistiram à primeira versão de ‘Gabriela’ ou não leram o livro, Malvina é uma personagem que vai contra os costumes do ponto de vista feminino. E apesar de se considerar uma mulher moderna, Vanessa acredita que alguns pontos estão se perdendo.
“Aconteceram coisas maravilhosas. E hoje em dia as mulheres têm liberdade de trabalhar livremente e podem fazer tudo que querem. Antigamente, a liberdade feminina não era bem vista.
Mas tem um outro lado dessa história toda que tem criado uma certa confusão.Talvez muitas mulheres interpretem de uma maneira errada o que vou dizer. Mas acho triste não querer constituir família, ter filhos, valores que tinham antigamente.
Acredito que deva existir um meio termo. Obviamente existem pessoas que conseguem ter as duas coisas: liberdade e tradição.
Mas respeito que cada pessoa pense diferente”, disse a atriz, que acredita que busca um equilíbrio constante na vida pessoal e profissional.
Essa é a segunda vez que Vanessa faz uma personagem que já foi interpretada por uma grande atriz. Quando fez ‘Cabocla’, personagem que foi um sucesso enorme interpretado por Glória Pires, a jovem atriz disse que foi uma honra viver o papel. Mas quem pensa que ela se preocupa com as comparações, se engana. Até porque talento não lhe falta.
Questionada se isso ajuda ou atrapalha na composição do novo papel, ela foi categórica. “Não interfere em nada”, respondeu.
“Pra mim é a mesma coisa. E não tenho receio de fazer só porque alguém já fez. É uma obra do grande Jorge Amado e está ai pra ser feita inúmeras vezes, até quando as pessoas quiserem fazer. As pessoas são diferentes e a intenção não é imitar ninguém. Até porque acredito que a Elisabeth é única, uma atriz excelente e incrível. Mas eu não sou igual a ela. Portanto, nunca pensei em imitá-la e cada um tem que fazer da forma que acredita. Estou gostando muito da minha Malvina. Vou pela intuição, pelas coisas que estudei, pelas minhas referências”, explica.
