Rinah encontra Caymmi

Cantora paraibana Rinah se apresenta na Usina Cultural Energisa, em um show tributo ao ilustre Dorival Caymmi.

A cantora paraibana Rinah vai mostrar o que é que a baiana tem nesta quinta-feira, quando subir ao palco da sala Vladimir Carvalho, na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa, para um show tributo ao ilustre Dorival Caymmi (1914-2008). O show, intitulado ‘A Menina e a Mãe D’Água: Rinah Canta Dorival Caymmi’, começa às 21h. Os ingressos, à venda no local, custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Rinah antecipa em uma semana o centenário do compositor baiano, dedicando-lhe pela primeira vez um show completo.

“Meu primeiro contato com a obra de Dorival Caymmi foi através da música ‘João Valentão’”, comenta Rinah. “Penso que tenha sido a primeira canção dele que ouvi. Meus pais são radialistas, por isso, meu primeiro contato com a música brasileira foi através do rádio e dos discos que os meus pais ouviam em casa. Se não me falha a memória, conheci a canção de Caymmi numa dessas audições. E, no ato, me identifiquei profundamente com a leveza daqueles acordes e com a história daquele ‘homem que nunca precisa dormir pra sonhar’. Desde então, a música de Caymmi embala meus momentos na vida”.

Desse contato afetivo, Caymmi se tornaria parte da formação artística de Rinah. “Gosto da forma como Dorival Caymmi cantava a terra dele e os mistérios do mar. Esse aspecto se faz bastante presente no meu trabalho artístico”, explica.

Do universo de pouco mais de 100 canções que Caymmi deixou – um repertório cantado e decantado por praticamente toda a nata da MPB –, Rinah extraiu 11 músicas, entre os grandes clássicos, até canções menos conhecidas, como a que dá nome ao show.

“Resolvi batizar o show com a música ‘A mãe d’água e a menina’ por ser uma das minhas preferidas de Caymmi. É uma canção muito bonita, singela e que me emociona bastante”, confessa.

Ela conta que foi difícil escolher o repertório, já que considera a obra de Dorival Caymmi "belíssima e grandiosa". "Mas eu diria que o repertório está bem equilibrado, com vários clássicos, dentre eles: ‘O bem do mar’, ‘Rosa Morena’, ‘Suíte do pescador’, além de músicas menos conhecidas do grande público, como ‘Sargaço mar’ e ‘A mãe d’água e a menina’”.

Rinah sobe ao palco com Nido Fernandes (violão e direção musical), Dennis Bulhões (bateria) e Rainere Travassos (contrabaixo). “Além de grandes músicos, são meus amigos queridos. Pessoas que admiro e respeito. Cada ensaio é um novo aprendizado. Temos muita afinidade musical e me sinto bastante segura para cantar ao lado deles”.

DISCO DE ESTREIA

Nido, inclusive, fornece uma composição própria para o disco de estreia de Rinah, que vem por aí. Esta semana, a cantora volta para São Paulo, onde começou a gravar casa que é mundo – grafado assim, todo em caixa baixa – para gravar as vozes do álbum.

Ela conta que casa que é mundo terá oito faixas, todas de autores paraibanos. No disco, ela grava músicas de Adeildo Vieira, Dida Fialho, Escurinho, Pedro Osmar, Milton Dornellas (em parceria com Ronaldo Monte), os primos Chico e Gustavo Limeira, Salomão Soares e Marcos Alma, Toni Silva e Clarrissa Yemisi, além do citado Nido Fernandes.

“casa que é mundo, em princípio, será lançado virtualmente no meu site oficial (facebook.com/Rinahoficial). Mas também existe a ideia de prensar e fazer as cópias (em CD), talvez num segundo momento. Serão oito músicas, todas de compositores paraibanos”, confirma, sinalizando que espera lançá-lo até o meio do ano.