Show de Manu Chao encerra programação do Estação Nordeste em JP

Espetáculo acontece a partir das 21h no Busto de Tamandaré, em Tambaú, na Capital. Quem abre a noite é o surf music do Sex on the Beach (CG).

Marina Magalhães
Do Jornal da Paraíba

Como diz aquela canção autobiográfica, chamam-no de ‘Desaparecido’. E ao entrar no site de Manu Chao e se deparar com um mapa mundi, em várias cores e diferentes línguas, será difícil apostar em qual país o cantor está. Ele é assim e a sua música é assim: global, colorida, mistura de influências do mundo inteiro.

O franco-espanhol detentor de um estilo indefinível – não chega a ser propriamente world music nem se limita ao reggae raiz –, vai mostrar sua latinidade europeia hoje, às 21h, aos fãs alternativos e a um público curioso no Busto de Tamandaré. Quem abre a noite é o surf music do Sex on the Beach (CG).

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Esse sujeito que não para em lugar nenhum traz à Paraíba a sua primeira apresentação por aqui, que também é a estreia da sua turnê La Ventura no Brasil (sendo o único show de graça e em praça pública). Sucesso mundial a partir do disco Clandestino (1998), Jose-Manuel Thomas Arthur Chao, de 49 anos, já tinha aparecido em terras brasileiras em ocasiões inusitadas, como na viagem de barco com os integrantes da antiga banda, Mano Negra, acompanhado por atores e circenses.

O plano era se apresentar pelas cidades portuárias ao longo da costa latino-americana, mas o sucesso do show na convenção mundial Eco 92, no Rio de Janeiro, roubou a cena da viagem. Outros shows vieram, juntamente com parcerias brasileiras como a do Paralamas do Sucesso (na música “Soledad cidadão”, em 2005).

Filho de um escritor espanhol (Ramón Chao), Manu Chao cresceu bilingue e fez disso a marca das suas letras, como na mistura de versos em francês e espanhol de “Me gustas tu” , de inglês e francês em “Bong bong”, de espanhol e inglês em “Bienvenida Tijuana” e até uma toda em português, “Minha galera”.

O som despretensioso e as letras engajadas acabaram de lhe render um prêmio Goya no cinema espanhol, pela canção “Me llaman calle”, feita para o filme Princesas (do diretor Fernando León de Aranoa), sobre a vida das prostitutas. O músico não foi buscar o prêmio, mas mandou ‘as meninas’ em seu lugar.