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SILVIO OSIAS

50 anos depois, os Beatles disco a disco (11): Sgt. Pepper

Publicado em 11/04/2020 às 6:17 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:37

Nesta sexta-feira (10 de abril), fez 50 anos do fim dos Beatles.

Em tempo de isolamento domiciliar, estou reouvindo disco a disco e faço algumas observações.


				
					50 anos depois, os Beatles disco a disco (11): Sgt. Pepper

SGT. PEPPER'S LONELY HEARTS CLUB BAND, 1967

Uma faixa muito lembrada: A Day in the Life.

Uma faixa pouco lembrada: Lovely Rita.

Lançado em junho de 1967.

Sgt. Pepper é o disco mais importante dos Beatles. O mais ousado, o mais influente, o mais marcante. Aparece quase sempre como o disco mais importante do rock.

O álbum é uma suíte pop com 13 faixas coladas.

Nasceu quando os Beatles gravaram Strawberry Fields Forever (de Lennon) e Penny Lane (de McCartney). As duas lembranças da infância em Liverpool ficaram de fora do LP, saíram em single, mas estão para sempre associadas ao impulso criativo que gerou o Pepper.

Sgt. Pepper é disco de uma banda. Se há, porém, alguém que pode ser de fato mencionado como autor do projeto, esse alguém é Paul McCartney.

A ideia é mais dele do que dos outros. O conceito, a capa. A predominância do autor no repertório. É fruto do interesse de Paul pelos eruditos contemporâneos, pela arte de vanguarda, pelo que ele viu e ouviu na Londres da sua juventude.

A despeito disso, há grandes momentos autorais de John Lennon (Lucy, Mr. Kite) e um número de música indiana que insere George Harrison no projeto de forma brilhante. Ringo Starr faz seu número com uma pequena ajuda dos amigos.

O Pepper é diferente do que os Beatles faziam até então, apesar dos sinais claros que estavam no Revolver. É, a um só tempo, novo e velho. Ou vai buscar o novo no velho.

Sempre me pareceu assim. Rompe, define caminhos, diz como vai ser dali por diante. Mas evoca a bandinha da cidade interiorana, o espetáculo de circo, as cordas e a harpa a acompanhar um lied de um tempo remoto, o ritmo americano que embalava o pai de Paul.

Tudo dando forma a um produto que era, naquele junho de 1967, o que havia de mais contemporâneo no rock.

O ponto alto, a coda dessa grande suíte pop, se chama A Day in the Life. Duas canções distintas (uma de John, outra de Paul) fundidas como se fossem uma só.

A orquestra de muitos músicos, soando atonal, produzindo música aleatória, conduz o ouvinte ao majestoso acorde final.

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Silvio Osias

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