18 de março de 2022. Nesta sexta-feira, faz dois anos que adotei o isolamento social. Era uma quarta-feira, 18 de março de 2020. Logo cedo, fui numa loja, comprei um BD player e um CD. Em seguida, me tranquei em casa. A pandemia do novo coronavírus começava a assustar o mundo.
Em menos de duas semanas, havia gente próxima morrendo de Covid-19. O presidente Jair Bolsonaro, enquanto isso, ia à televisão chamar a doença de “gripezinha”, e seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por trabalhar direito, logo seria defenestrado do governo.
A bolsonarite, uma doença que me atingiu desde janeiro de 2019, e o isolamento social me puseram no chão. A soma das duas resultou numa depressão da qual ainda não estou livre, mas em tratamento. Depressão? Tem gente que esconde. Mas não adianta. Tem que assumir e buscar ajuda: psiquiatra e medicamentos.
A pandemia acaba em maio. Não passa de junho. Pode ir até julho. Diziam, em abril de 2020, as vozes otimistas. Muitas, bolsonaristas. Vacina? Não precisa. Máscara? Será que seu uso é mesmo necessário? O “nosso” presidente não usa e corre para o abraço do gado reunido todos os domingos em frente ao Palácio do Planalto.
O mundo está doente, e o Brasil surtou, é um país governado por loucos, não por gente normal da atividade política. Dois anos se passaram, 650 mil brasileiros morreram e 30 milhões foram contaminados pelo coronavírus e tiveram a Covid-19. Uma tragédia como nunca havíamos testemunhado.
Em mim, o total isolamento social durou um ano. Teve consequências emocionais terríveis, daquelas que você não supõe que vai enfrentar. No segundo ano, adotei um misto de isolamento com um mínimo de convívio social. Um café aqui, um cinema acolá, uma ida à livraria que frequento. Coisas assim.
Mas há o medo, sempre por perto. As três doses da vacina, as máscaras, as mãos cheias de álcool, o controle da temperatura. Aglomeração? Nem pensar! A despeito de todos os cuidados, a ômicron me pegou. 10 dias doente. Mais 20 de fadiga e total indisposição para qualquer coisa.
Agora, dois anos depois, vejo o governo querendo trocar o status de pandemia pelo de endemia. Vejo a gradual liberação do uso de máscaras. E ainda vejo 50 mil contaminados e 500 mortos por dia. Minha máscara? Será mantida. Meu álcool? Também. Até quando? Não sei. Até quando sentir firmeza para dispensá-los
Sílvio, quem chamou a Covid de “resfriadinho” foi Drauzio Varella.
Bolsonaro somente citou Varella ao dizer que no caso dele, Bolsonaro, seria uma gripezinha, o que de fato foi.
Sejamos intelectualmente honestos.
No mais, desejo-lhe plena recuperação.
Que articulo banal . VAI VIAJAR PELO MUNDO E TIRE SUA COLCLUSAO , QUE BOLSONARO FOI O MELHOR EN TODO MUNDO ,E AJUDOU AO QUE MAS PRESISARAN OS POBRES
Pelo menos Drauzio Varella reconheceu o erro enquanto Bolsonaro não
Muito boa reflexão
Gilson, sim no começo ele repetiu o erro de Drauzio, mas o médico se arrependeu. Já Bozo repetiu várias vezes que era gripezinha e age ATÉ HOJE como se fosse gripezinha, deixou te tomar medidad mais sérias por isso, matou muita gente com essa política g-e-n-o-c-i-d-a, é por isso que somos o segundo pais com mais mortes NO MUNDO.