Cartola, inesquecível príncipe do samba, morreu há 40 anos

Cartola, inesquecível príncipe do samba, morreu há 40 anos

Nesta segunda-feira (30), faz 40 anos que Cartola morreu.

“Habitada por gente simples e tão pobre

Que só tem o céu que a todos cobre

Como podes Mangueira cantar?”

Cartola era um príncipe do samba. Para os que creem, um anjo posto em Mangueira.

Nos anos 20, estava na fundação da escola. Estação Primeira de Mangueira – que nome mais lindo!

Nos 30, foi consagrado como compositor. Tudo acabado/E o baile encerrado/Atordoado fiquei” – era Chico Alves que cantava.

Cartola e Deolinda. Villa-Lobos e o maestro Stokowski.

Nos 40, sumiu!

Nos 60, ressurgiu, depois de ser encontrado por Sérgio Porto, guardando carros.

Cartola e Dona Zica. O Zicartola. Os sambas de Cartola. A culinária de Dona Zica. O samba ao vivo. O samba vivo! Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho, Clementina de Jesus, Zé Kéti, o jovem Paulinho da Viola.

“A cantar/Eu pretendo levar a vida/Pois chorando/Eu vi a mocidade perdida”. Cartola, suas melodias, seus versos. Pura intuição, puríssima beleza!

Nos 70, os discos, afinal!

Quem foi contemporâneo, sabe!

Cartola (1974) e Cartola (1976), os dois lançados pelo selo Marcus Pereira. Verde que te quero rosa (1977) e Cartola 70 Anos (1979), pela RCA.

Nos 70, depois do reconhecimento, o inverno do seu tempo.

Cartola morreu em novembro de 1980. Foi enterrado ao som do surdo da Mangueira.

O samba vive em Cartola!