Na segunda metade da década de 1960, ainda eleito pelo voto direto, quem governou a Paraíba foi João Agripino. Era um homem reconhecidamente de direita, apoiava a ditadura militar, mas não era um reacionário tosco e burro como tantos da ultradireita do Brasil sob Bolsonaro. E, quando julgava necessário, sabia se impor, tinha altivez. Até mesmo diante dos militares que estavam no poder.
Pois bem, como governador, João Agripino tomou partido pelas religiões de matriz africana. Ainda, como se dizia, que tenha sido para fazer raiva a Dom José Maria Pires e ao clero progressista, o fato é que ficou do lado dos umbandistas e colocou no calendário religioso e turístico da Paraíba a Festa de Iemanjá, que levava milhares de pessoas à orla marítima, na noite do dia oito de dezembro.
Os umbandistas tinham até um líder (foto), e este fazia um programa semanal na Rádio Arapuan. Era Carlos Leal Rodrigues, presidente da Federação dos Cultos Africanos do Estado da Paraíba. Ele se autointitulava arquicancelário – palavra pomposa. O arquicancelário Carlos Leal Rodrigues. Muita gente passou a frequentar os terreiros de umbanda. Muita gente aprendeu os cânticos dos umbandistas.
Essas lembranças são de mais de 50 anos atrás. Recorro a elas como contraponto a um tema da atual campanha eleitoral: a demonização, pela ultradireita, das religiões de matriz africana. Há bolsonaristas associando Janja, a mulher de Lula, ao candomblé. Difundindo, de modo pejorativo, que ela é macumbeira. No terreno religioso, o outro argumento deles é que, se eleito, Lula vai fechar as igrejas evangélicas.
Não sei se Janja é do candomblé. Se é, não há problema algum nisso. Quanto às igrejas evangélicas, é óbvio que lula, se eleito, não vai fechá-las. Como presidente, ele foi testemunha do crescimento dessas igrejas, e elas não sofreram qualquer perseguição. Lembram do kit gay? Lembram da mamadeira de piroca? A fábrica de maldades do bolsonarismo não tem limites, e o uso da religião como arma de campanha não pode ser subestimado.
Este cidadão deveria conter os seus desejos e deixar de escrever palavras de baixo calão neste outrora respeitável jornal.
Fui LULISTA, fui CUTista e, ainda, sou SINDICALISTA, com quase todos os Sindicatos Filiados a CUT ou CNTE … Mas, com respeito e tolerância religiosa, acordei politicamente, pois descobri que, a bem da verdade, toda a esquerda brasileira, bebem em fontes Filosóficas e Ideológicas que defendem regimes opressores que tem como Líderes e Governantes ditadores, a exemplo de Cuba, Nicarágua, China, Coreia do Norte, Venezuela, etc.
Diante do exposto, vejo como prejudicial para o Brasil, tanto o LULO-PETISMO como o BOLSONARISMO !
ABAIXO TODA E QUALQUER FORMA DE DITADURA !
VIVAMOS A DEMOCRACIA E A LIBERDADE !!
esse camarada não se toca! pena que o JPB permite esse tipo de asneira de um colunista completamente parcial. A culpa é principalmente do portal prq ele a gente sabe que é um doente crônico de esquerda!
Doentes são vocês que não sabem conviver com o contraditório. Gado burro! Espero que Lula seja eleito logo no primeiro turno para essa escória de intolerância voltar para o esgoto de onde saiu graças a presença de um Sociopata Histérico na presidência da república.
Nobre Jornalista, sempre discutíamos sobre as praticas e cultura da umbanda na redação da TV Cabo Branco, Parabéns pelo texto! Reflete claramente o momento que estamos vivendo, alguns extremistas jogam a religião contra político A ou B, e tentam obter credibilidade para o adepto da religião para conseguir o voto. Tal prática já tá superada, a não ser para os loucos extremistas, isso já foi tentado na Paraíba, lembra? Um candidato pegou pegou a foto de outro com uma mãe de santo e algumas obras de arte, fez um panfleto e jogou para todo Paraíba. Por ironia da política, ambos partidos que semearam o panfleto, estão juntos nessa eleição. Os Adeptos ou fieis das religiões são superiores ao jogo sujo da política. Obrigado pela lembrança do meu Saudoso Pai, Arquicacelário Carlos Leal Rodrigues.
Ah, é Bolsonaro!
Texto respeitoso e informativo. Importante no combate a intolerância e a burrice. Obrigado Silvio Osias.
E os bolsonaristas piram com a expressão de qualquer idéia contrária à divinização de seu Messias.
Parabéns ao colunista pelo texto!!!
Excelente texto, Silvio Osias, parabéns. Espero ler mais reflexões suas sobre essas eleições, afinal estaremos definindo o futuro do nosso querido Brasil por 4 anos e acredito que nao merecemos repetir um governo sem projeto político entre outros. Bravo Osias.