Morreu Arthur Hiller. “Love Story” não é tão ruim quanto se dizia!

Morreu aos 92 anos o cineasta canadense Arthur Hiller. Não deixa uma filmografia importante, mas um filme o colocou na história do cinema. Mais pelo êxito comercial e pelas lágrimas que provocou do que por qualquer outra virtude.

Sim! Arthur Hiller é o diretor de “Love Story”.

A história, todos sabem. O rapaz rico se apaixona pela moça pobre, na universidade, e ela morre de leucemia. Tem a frase famosa (amar é jamais ter que pedir perdão), além dos temas musicais de Francis Lai. E tem os atores, jovens e belos, Ryan O’Neal e Ali MacGraw.

Baseado no livro de Erich Segal, “Love Story” levou multidões aos cinemas. Nas grandes salas daquele tempo, a última meia hora do filme era de um silêncio compungido. Um fenômeno que mereceu uma provocativa crônica de Nelson Rodrigues.

Lembro de um único crítico que elogiou “Love Story”. Paulo Perdigão, provavelmente. Enxergou aspectos além da história de amor. Uma crônica sobre a aristocracia em Harvard – algo assim.

De todo modo, vendo de longe, fica a impressão de que o filme não é tão ruim, nem tão piegas, como diziam na época os seus detratores.