Os Rolling Stones, 60 anos, os vivos, os mortos e o fim da estrada

Os Rolling Stones, 60 anos, os vivos, os mortos e o fim da estrada

Os Rolling Stones estão comemorando 60 anos de carreira. E o fazem com uma turnê que começa nesta quarta-feira (01), em Madrid. O aniversário mesmo é em julho, no dia em que eles, em 1962, se apresentaram pela primeira vez no Marquee, em Londres.

Originalmente, os Rolling Stones eram um quinteto. Mick Jagger nos vocais, Keith Richards e Brian Jones nas guitarras, Bill Wyman no baixo e Charlie Watts na bateria.

Em 1969, completamente devastado pelos excessos, Brian foi defenestrado da banda. Em seu lugar entrou Mick Taylor, um jovem guitarrista.

Taylor, exímio instrumentista, não aguentou a barra. Deixou o grupo em 1974 e foi substituído por Ronnie Wood, que vinha do Faces.

Depois da turnê de 1989/1990, Bill Wyman deixou o grupo. O mais velho (é de 1936) dos cinco integrantes dos Rolling Stones estava cansado. Não foi substituído. O quinteto passou a ser um quarteto.

Brian Jones morreu em 1969. O corpo foi encontrado dentro da piscina da sua casa. Tinha somente 27 anos. Até hoje, são controversas as circunstâncias da morte.

Charlie Watts morreu em 2021. A causa da morte não foi divulgada, mas, muito provavelmente, ele enfrentou a recidiva de um câncer. Tinha 80 anos. O quarteto passou a ser um trio.

Mick Jagger e Keith Richards fazem 79 anos agora em 2022. Jagger, em julho. Richards, em dezembro. Ronnie Wood, o caçula, faz 75 anos nesta quarta-feira, justamente no dia da estreia da turnê.

Ao vivo, eles se apresentam acompanhados por um grupo de músicos excepcionais. No palco, são incríveis. Fazem o melhor rock and roll do planeta. Já os vi de perto várias vezes e asseguro que é uma experiência extraordinária.

Mas não posso esconder que acho triste vê-los, agora, transformados num trio. Essa imagem deles desembarcando em Madrid não é uma imagem alegre. Aponta para o fim da estrada. E este não está longe.