Traços de humor vão ao Sertão

Cartunista e ilustrador William Medeiros leva a exposição Traços de Trinta para a cidade de Sousa; vernissage acontece neste sábado. 

“Para que o pessoal do Sertão tenha contato com esse tipo de arte gráfica e humor”, aponta o cartunista e ilustrador William Medeiros, que leva a exposição Traços de Trinta para a cidade de Sousa.

Com 100 obras entre caricaturas e cartuns – coloridos e em preto e branco –, a mostra terá seu vernissage neste sábado, a partir das 18h30, no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). A entrada é gratuita e a exposição permanecerá no local até o dia 30 de setembro.

Nos contornos de William, ganham formas personalidades reconhecidas nacional e internacionalmente. O elenco dos retratados vai de nomes como Elvis, Beatles, Maria Bethânia, Chico César, Ariano Suassuna, Ayrton Senna, o Papa Francisco, Jackson do Pandeiro, Marinês, Gonzagão, Dominguinhos, Sivuca, dentre muitos outros.
Já no campo dos cartuns, a temática é igualmente diversificada e ampla, que vão desde “meio ambiente e o cotidiano, até uma pitada de humor negro”, segundo William.

Além da abertura da mostra, haverá também uma sessão de autógrafos do livro Traços de Trinta (independente, 92 páginas, R$ 20,00), coletânea que reúne uma seleção de três décadas dos cartuns do paraibano, servindo também como uma espécie de ‘catálogo’ da exposição. “As caricaturas são do acervo, mas também tem as mais recentes”.

O livro já foi lançado no 40º Salão de Humor de Piracicaba, no interior de São Paulo, em João Pessoa, na Comic House, e também em Campina Grande, a cidade natal do cartunista, no Teatro Municipal Severino Cabral.

CARICATURA AO VIVO
Junto com os autógrafos, o artista também fará caricaturas ao vivo para o público presente no evento.

“Depois de 30 anos nunca tive um estilo definido de caricatura”, revela. “De 30 anos pra cá, encontrei um perfil que eu queria, bem diferente do que vinha produzindo. Assim, expresso minhas ideias mais rapidamente. Os traços ficam bem definidos e soltos e a expressão da pessoa também não fica tão exagerada”.

Antes, William afirma que pegava várias fotos da pessoa para representá-la graficamente. Agora, o caricaturista tem base em apenas uma foto e depois a deixa de lado, se apoiando na memória e na ‘liberdade poética’ do seu traço.
“Às vezes, a característica física é que define mais do que o rosto. Observo muito isso: o jeito de andar, a personalidade, a profissão…. Tudo isso influencia na caricatura”.