Uma declaração de liberdade

Apesar de ser um artista de muitas facetas, o escritor e também professor Márcio Sampaio, fala da força de sua ligação com a poesia.

Márcio Sampaio nasceu na cidade mineira de Santa Maria de Itabira. Acumula ao longo de sua vida as funções de artista plástico, crítico de arte, curador, professor e escritor.

Indagado sobre se acha mais poeta ou artista plástico, o mineiro se encontra em um meio misturado. "Tem época que sou mais artista plástico e tem época que me acho mais poeta."

Mudou-se para Belo Horizonte no ano de 1959, quando começou a publicar os primeiros poemas na imprensa.

Participou do movimento de Poesia Concreta e Poema/Processo, tendo uma atuação importante na liderança da neovanguarda artística do estado mineiro.

Criou o grupo de literatura e arte batizado de Ptyx, publicando dois cadernos que marcaram presença no movimento literário de Minas Gerais.

Em 1963, participou da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, na Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), além de criar o Suplemento Literário do Minas Gerais (1966), tendo sido responsável pela crítica de arte desse periódico até 1972.

Como crítico de arte, Sampaio atuou nas edições do Diário de Minas (1965), Revista Minas Gerais (1969) e no semanário Ars Média (1975).

Em 2010, é publicado o livro Márcio Sampaio: Declaração de Bens, um registro das obras e instalações do artista.

Entre as artes plásticas e o fazer poesia, Márcio Sampaio tem uma predileção: "A questão da poesia é que me dá o maior prazer de fazer", ressalta. "É o que me dá mais liberdade."