A falta de medidas direcionadas à qualidade do ensino, inclusão e assistência dos alunos da rede pública ainda é realidade para muitas cidades paraibanas. Para se ter uma ideia, dos 223 municípios do Estado, apenas 69 possuem projetos voltados para a educação profissional, o que representa 30,9% do total. É o que aponta a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic 2014) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na manhã desta quarta-feira (26).
De acordo com a Munic 2014, somente 128 municípios paraibanos adotam projetos voltados para a educação do campo, indígena e quilombola, 186 fazem acompanhamento e avaliação de creches e pré-escolas e apenas 189 cidades avaliam o desempenho dos alunos nas avaliações nacionais da educação básica. Nos demais municípios que não adotam essas medidas, a qualidade do ensino acaba sendo comprometida. A pesquisa não relaciona os nomes das cidades.
Além disso, conforme o estudo, a discriminação nas escolas só é combatido em 197 municípios e medidas de combate à violência nas unidades estudantis são adotadas em 206 cidades paraibanas.
A Munic 2014 trouxe informações sobre a estrutura na área de educação por caracterização do órgão gestor. Dos 223 municípios, 137 possuem secretaria municipal exclusiva, 81 secretaria municipal em conjunto com outras políticas, dois possuem setor subordinado à outra secretaria e três têm setor subordinado diretamente à chefia do executivo.
O que diz a FAMUP
Segundo o presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), José Antônio Vasconcelos da Costa (Tota Guedes) a federação tem mantido diálogo com os gestores municipais de todo o Estado para que adotem as medidas necessárias para promover a qualidade de ensino, inclusão e assistência dos alunos, garantindo a melhor gestão possível. “A Famup oferece na Escola de Gestão diversos cursos nas áreas de saúde, educação, apoio social e de combate às drogas, entre outras medidas. Inclusive, no Curimataú do Estado, estamos desenvolvendo programas junto a comunidades europeias para fazer um raio-X sobre o uso de drogas entre os jovens paraibanos”, assegurou.
