Após 2º fracasso, UTC desiste de petróleo

Empresa que explorava petróleo na zona rural de Triunfo, desistiu de continuar perfurando após duas tentativas.

Após perfurar o 2º poço no Sertão da Paraíba no final do ano passado e também não encontrar petróleo, a UTC Engenharia desistiu de explorar um dos blocos na bacia do rio do Peixe. A empresa perfurou os dois poços no ano passado no município de Triunfo, localizado no Alto Sertão, distante 513 quilômetros de João Pessoa.

Em maio do ano passado, a empresa concluiu a primeira campanha de perfuração na área e após cavar 1.780 metros, não encontrou indícios de petróleo na zona rural de Triunfo. Apesar de frustrados, os engenheiros da UTC continuaram os trabalhos, desta vez em um segundo poço batizado de 1-UTC-6-PB. Após aprofundar os estudos sísmicos, eles realizaram a perfuração com sonda da Hidrogeo e atingiram a profundidade final de 450 metros, mas novamente, nada encontraram.

Com mais esse resultado negativo, a empresa devolveu integralmente o lote adquirido em licitação, e onde constavam os blocos 1-UTC-6-PB e RIOP-T-20 (primeiro poço perfurado) à Agência Nacional de Petróleo (ANP). De acordo com a assessoria de comunicação da ANP, a área foi devolvida em dezembro de 2011, após a empresa cumprir com o chamado Programa Exploratório Mínimo (PEM).

Definido no edital de cada rodada de licitações, o PEM determina as obrigações da empresa durante o período em que estiver responsável pelo lote, a exemplos de levantamentos sísmicos em 2D e 3D e a profundidade mínima para exploração antes de sua devolução. Segundo a ANP, o fato de a UTC Engenharia ter perfurado apenas 450 metros, ou seja, quatro vezes menos do que a primeira exploração, pode indicar que a empresa estava apenas cumprindo com as determinações contratuais e que já não acreditava encontrar óleo e gás na cidade de Triunfo.

Durante o processo de sísmica e perfuração, a UTC Engenharia contratou 50 trabalhadores e serviços de acesso e terraplanagem de Triunfo e de uma empresa de resíduos de Brejo do Cruz. Outros dois estagiários do curso de graduação de engenharia de minas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também participaram como observadores na fase de perfuração.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com o escritório da UTC Engenharia para obter mais informações sobre a desistência em explorar a bacia do rio do Peixe, mas os engenheiros da empresa alegaram que não tinham autorização para explicar o caso.

No ano passado, os engenheiros da UTC revelaram que a taxa média de poços bem sucedidos é de 20% do total.