Cai pessoal do setor público

Dados do Cadastro Central de Empresas mostram redução de 44,7% para 41,6% de pessoal assalariado ocupado no setor público.

A participação do pessoal assalariado ocupado no setor público apresentou queda de 3,1 pontos percentuais entre 2008 e 2011 na Paraíba. O setor reduziu de 44,7% para 41,6% a sua atuação no mercado de trabalho paraibano, segundo dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da queda, este ainda é, de longe, o setor que mais emprega no Estado oferecendo 217.839 postos de trabalho em 2008 e 249.921 vagas em 2011.

Neste período, também houve elevação no setor da construção civil, cuja participação de trabalhadores ocupados passou de 4,4% para 6,4%. O estudo ainda mostrou alta no comercio, reparação de veículos automotores e motocicletas de 13,4% em 2008 e para 14,7% em 2011.

Ao analisar o total de pessoas assalariadas ocupadas em cerca de 20 atividades do Estado, a Cempre mostrou alta de 23,16%, apresentando 600,494 mil pessoas assalariadas ocupadas, em 2011, contra 487,658 mil, em 2008.

Em 2008, a indústria da construção civil empregou 21.585 trabalhadores em 2011 este número foi de 38.502 pessoas. A construção também teve destaque no comparativo entre empresas criadas que expandiram 69,44% de 2008 para 2011 no Estado (de 1.489 para 2.523 unidades).

O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Irenaldo Quintans, afirmou que a construção civil na Paraíba vive uma “fase excelente”. “Esse resultado já era esperado porque o estudo coincide com a expansão do setor, que vem apresentando crescimento tanto na área imobiliária quanto na quantidade de obras públicas. Isso reflete na expansão também no número de empresas do ramo”, disse.

Segundo Quintans, o incremento do setor se deve à obras habitacionais como de projetos do “Minha Casa Minha Vida”, outras estruturantes como a do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Centro de Convenções. Além disso, cada vez mais os paraibanos estão adquirindo imóveis.

“Nos últimos anos dobramos o tamanho do mercado em João Pessoa. Vivemos um excelente momento. As pessoas estão com maior poder de compra por causa da estabilidade da inflação e às ofertas de crédito imobiliário. Com isso, as pessoas se sentem mais livres para assumir compromisso de médio e longo prazo. Agora, é possível realizar o sonho da casa própria ”, enfocou.

A pesquisa também apontou que a quantidade de empresas do comércio prepondera no Estado. Do total de 62,728 mil em 2011, mais de 31,558 mil empresas eram do comércio, praticamente metade do total de empreendimentos de todos os setores analisados.

O número de estabelecimentos comerciais cresceu subiu de 28,767 mil unidades em 2008 para 31,558 mil, alta de 9,70%.
A indústria de transformação apresentou alta de 11,54%, passando de 3,820 mil para 4,261 mil neste período.

O número de pessoal ocupado nesta área foi de 66.235, em 2008, e de 74.342 pessoas, em 2011, e a sua participação entre os dois períodos foi de, respectivamente, 13,6% e 12,4%.