Mais da metade (53%) das empresas ativas na Paraíba estão concentradas em apenas cinco cidades: João Pessoa, Campina Grande, Patos, Santa Rita e Bayeux, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), no portal empresômetro, que mede o número de empresas criadas.
O Estado registrou um total de 188 mil empresas segundo o levantamento do instituto feito até o dia três. A maioria destes empreendimentos (90%) é do setor de comércio e de serviços, enquanto a indústria surge em número bem reduzido, apenas com 5,6% deste volume. Nas cinco cidades paraibanas a concentração das empresas é lidera por João Pessoa, que detém 30,77% (57.883); Campina Grande possui 13,63% (25.637), enquanto Patos 3,49% (6.562); Santa Rita 2,74% (5.151) e Bayeux 2,53% (4.766) completam o ranking. O grupo abrange quase 100 mil (99.999) empresas do total do Estado.
A analista de Políticas Públicas do Sebrae-PB, Bera Wilson, afirmou que não é surpresa a maior parte das empresas estar reunida nos cinco municípios paraibanos. “Isso já era de se esperar porque nos últimos 20 anos isso vem ocorrendo por causa da maior concentração urbana”.
Somente a atividade do comércio representa 48,56% das empresas em funcionamento na Paraíba e logo em seguida serviços com 41,18%. Mais atrás, surgem indústria (5,61%), agronegócio (2,51%), financeiro (1,24%) e outros setores não listados pelo IBPT (0,90%).
Para Bera Wilson, o ritmo de implantação de novas empresas no Estado é puxado pelo Micro Empreendedor Individual (MEI), que precisa, segundo ela, de mais incentivos para poder elevar de categoria. “A tendência é que o MEI continue crescendo, mas para que ele atinja outros patamares deve ter mais simplificação na forma dos alvarás, nos processos de licenciamentos, acesso ao crédito e políticas públicas”, enfocou.
Um dado positivo mostrado pelo IBPT foi de que em 11 meses o número de empresas na Paraíba cresceu 11,5%, passando de 168.703 unidades em 2012 para 188.104 até o dia 3 deste mês, o que significa 2,6 empresas criadas a cada hora este ano.
LONGEVIDADE
A longevidade das empresas paraibanas ficou acima da média nacional. Àquelas que têm entre 10 e 19 anos de existência nos municípios paraibanos predominam com 26,16% do total. Os empreendimentos que possuem de um a dois anos de funcionamento aparecem logo em seguida com 21%. As empresas que estão de três a quatro anos na ativa têm uma parcela de 13,63% deste montante e as que apresentam intervalo de cinco a nove anos de implantação com 14,89%. Os empreendimentos inseridos dentro de outros intervalos não divulgados pelo IBPT concentram 13,71% do total.
No Brasil, 24,23% das empresas têm entre 10 e 19 anos de existência, índice menor do que o paraibano. As que surgem com um a dois anos na ativa representam 20,26% e as que têm entre três a quatro anos com 13,25%. As empresas brasileiras com intervalo entre cinco a nove anos de criação aparecem com 17, 54% e aquelas com outros intervalos de tempo na ativa representam 15,17%.
De acordo com Bera Wilson, o índice de sobrevida das empresas paraibanas é um dos melhores do Brasil. “Isso por causa do perfil das empresas, do empreendedor e capacitação que ele vem buscando ao longo dos anos”, explicou.
