Comer fora de casa está cada vez mais caro. O que muitos consumidores paraibanos já tinham sentido no “bolso” foi confirmado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, no acumulado dos últimos 12 meses, a variação no preço para se alimentar fora do lar sofreu alta de 10,95%, superando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mesmo período (5,85%).
O instrutor de Informática Carlos Magno almoça diariamente fora de casa e comentou que, no caso dele, os gastos chegaram a aumentar 20% em comparação com o ano passado. “Tudo está mais caro e no final do mês o valor do almoço pesa bastante no orçamento”, comentou.
Por sua vez, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – seccional Paraíba (Abrasel-PB), Marcos Mozzine, comentou que de maneira geral, os aumentos de preços de alimentação fora do lar na Paraíba ficaram abaixo até mesmo dos 10,95%, média nacional estimada pelo IBGE. “Os preços na Paraíba não registraram crescimento dentro desse patamar de 10,95%. Os aumentos que aconteceram foram para acertar as perdas relativas à inflação no período”, informou.
Para Mozzine, o maior impacto sobre os preços foi ocasionado pelo aumento do salário mínimo e pelos custos de aquisição de alguns produtos, elevados por causa da quebra de safra. “O empresário paraibano está prensado entre os custos elevados e a margem de lucro. Mas devido ao poder aquisitivo do paraibano, evita aumentar os preços para não perder o cliente”, acrescentou.
