Fies ‘alimenta’ faculdades particulares

Fies também alimenta o faturamento das faculdades privadas na Paraíba, com as expansões de matrículas que tenham aderido ao programa.

Além de ser uma opção de baixo custo para os estudantes custearem a graduação, o Fies também alimenta o faturamento das faculdades privadas na Paraíba, com as expansões de matrículas que tenham aderido ao programa. De 2012 até janeiro deste ano o valor de contratações já chegou a R$ 291,5 milhões, com 17.066 beneficiados no Estado. Os empréstimos vindos do Fies mais que dobraram nos últimos dois anos, passando de R$ 86,5 milhões, em 2012, para R$ 175 milhões no ano passado.

Em 2012 foram 1.905 beneficiados do Banco do Brasil, que equivaleu a cerca de R$ 73 milhões. No ano passado foram 3.619 pessoas, o que resultou numa quantia de R$ 151 milhões. Somente em janeiro de 2014 foram firmados no BB 528 contratos no Estado, num total de R$ 25 milhões.

Com relação aos contratos fechados na Caixa também foi registrada uma evolução. Em 2012 foram 3.653 alunos com acesso ao Fies na Paraíba num montante de R$ 13,5 milhões e em 2013 este número aumentou para 6.227 beneficiados, totalizando R$ 24 milhões. Em janeiro deste ano foram 1.134 contratos firmados na Caixa, que representam R$ 5 milhões.

O economista Rafael Bernardino afirma que o fundo representa um importante incremento para o faturamento destas instituições de ensino no Estado. “E não deixa de ser uma fonte importante de recurso para estas faculdades”, destacou o economista.

O diretor de gestão operacional e marketing do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), Paulo Padilha, disse que dos cerca de 10 mil alunos existentes na instituição, cerca de 25% (2.500 estudantes) contam com o Fies. “Vemos o Fies como o grande projeto de financiamento do governo federal nas instituições privadas de ensino de todo o país. Na Paraíba, 40% dos estudantes estão em faculdades privadas e grande parte deles não podem custear os estudos. O programa é bom para o aluno e para as instituições de ensino porque a inadimplência é zero dentro deste programa”, enfatizou Padilha.

O diretor-geral da FPB, Clay Mattozo, também concorda que o fundo alimenta o faturamento da unidade de ensino a cada ano e seu benefício vai além do ingresso do aluno no curso superior.

“O Fies permite recebermos  estudantes que, sem o programa, dificilmente poderiam continuar estudando e chegar a um curso de nível superior. Como todo programa que ajuda as pessoas, especialmente de menor renda, a estudar, o fundo permite que mais pessoas elevem sua condição de renda e vida, via educação superior, e contribui também, com isso, para que o próprio Estado se desenvolva”, afirmou.

O diretor geral da Faculdade Maurício de Nassau, Rogério Xavier, destacou que o Fies não é direcionado apenas para o aluno de baixa renda, mas também para o filho que não quer depender dos pais para custear sua formação ou mesmo esposa que não deseja aumentar os gastos do marido com um curso de nível superior. “Com esse repasse do governo federal é evidente que houve um acréscimo de estudantes nas instituições privadas de ensino”, confirmou.