Grupo indígena paraibano participa de feira nacional por produção de mel de abelha

Associação de Baía da Traição produz 36 toneladas de mel por ano. Apicultura mudou condições de moradores.

Um grupo de índios Potiguaras de nove aldeias de Baía da Traição, no Litoral Norte da Paraíba, irão participar da II Feira Nacional da Agricultura Tradicional Indígena, que acontecerá a partir do dia 24 de outubro na cidade de Palmas, em Tocantins. O grupo indígena vem se destacando com uma produção anula de 36 toneladas de mel de abelha por ano.

Os representantes paraibanos terão uma vitrine com 250 unidades do produto, apresentadas na forma de 500 e 200 gramas. "A feira vai possibilitar a troca de informações com outros povos indígenas", avaliou o presidente da Associação Paraibana dos Produtores de Mel (Paraíbamel) em Baía da Traição, José Ronaldo Fernandes.

A atividade apicultora em Baía da Traição vem sendo desenvolvida em parceria com o programa Cooperar, do Governo do Estado. Segundo o presidente, o sucesso do empreendimento possibilitou a melhoria da vida dos indígenas da região; na época em que as atividades econômicas da área se restringiam à agricultura e à pesca, a renda dos moradores equivalia a menos de um salário mínimo. "Com toda uma infraestrutura propícia para a extração e envasamento do mel, a fartura chegou aqui e hoje contamos em média, de forma certa, com mais de um salário mínimo", destacou.

José Ronaldo afirmou ainda que o Paraíbamel pretende aumentar o leque de produtos oferecidos. A associação já iniciou a venda de própolis com o custo de R$ 300,00 o quilo. O próximo produto será o veneno da abelha, que tem um custo estimado em R$ 25 mil o quilo e é utilizado no tratamento de várias doenças, como a artrite, esclerose múltipla, lúpus, entre outras.