Informalidade supera 50% no Estado

Baixa taxa de empregabilidade no setor com carteira assinada, estimula a informalidade, diz geólogo.

O geólogo e estudioso Aderaldo de Medeiros Ferreira afirmou que mais de 50% do mercado de exploração de minério na Paraíba vive na informalidade. Esta pode ser uma das razões para a baixa taxa de empregabilidade no setor com carteira assinada. Apesar deste fato contribuir para a redução na arrecadação de tributos no Estado, ele frisou que os garimpeiros também geram emprego e renda na sua região.

Um exemplo da informalidade no mercado, segundo ele, é a exploração de tungstênio. Aderaldo Ferreira disse que o quilo do minério custa cerca de R$ 40,00 e toda a produção é feita por meio de garimpo.

“Não só na Paraíba, mas em todo o país, existe a garimpagem. No entanto, esta é uma das atividades que mais produz. A informalidade atinge mais da metade do mercado e o Estado deixa de arrecadar alguns impostos com isso. Mas o garimpeiro também gera emprego e renda na região em que atua. Com isso, o garimpo movimenta o mercado e contribui para a entrada de dinheiro no Estado”, disse Aderaldo de Medeiros.

Segundo o geólogo, não seria muito positivo penalizar este produtor informal porque poderia prejudicar o mercado. Para ele, o mais importante seria fazer um trabalho educativo com este trabalhador. “Se punirmos os garimpeiros pode-se parar parte da produção. Seria melhor fazer um trabalho educativo e de conscientização com ele”.

Aderaldo de Medeiros revelou que a Paraíba possui minério pouco encontrado em outros estados do país. Este é o caso da xelita, que só existe, praticamente, na Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Ele frisou que hoje uns dos materiais que estão em alta nos municípios paraibanos são pegmatito, quartzo e mica. “A empresa Von Roll explora bastante a Mica e ela existe mais na Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará”, disse.