MEI vira empresa de médio porte

O empreendedor Manoel Nóbrega ampliou os serviços de eletricista para o setor da construção e já emprega 18 pessoas em sua empresa

Abrir o próprio negócio pode mudar completamente a vida de uma pessoa. O eletricista Manoel da Nóbrega é um exemplo disso. Até 2010, ele realizava pequenos serviços elétricos como freelancer, que ao final do mês lhe rendiam menos de um salário mínimo. “Era bem apertado”, contou.

Naquele ano, ele se registrou como Microempreendedor Individual, e viu sua demanda começar a crescer. Manoel enxergou a possibilidade de abocanhar um nicho de mercado ainda maior, o de material de construção. Daí para a frente a coisa deslanchou e em apenas quatro anos de formalização o empreendedor saltou quatro categorias, de MEI para Empresa de Médio Porte, passando pela micro e pela pequena empresa no meio do caminho.

Sua loja, a MF Reformas e Construções, localizada no bairro do Geisel, emprega 18 funcionários e possui o diferencial de oferecer, além do material de construção, a mão de obra para os serviços. Dos 18 empregados, três ficam na loja enquanto os outros 15 trabalham nas obras. Outra característica da loja é que os negócios são focados na internet e encomendados, principalmente, por email e pelas redes sociais. “As redes sociais são para divulgar, e o email a gente já usa para acertar o orçamento e fechar negócio. O cliente não precisa ir à loja, é só entrar em contato pela internet e depois, se for necessário, telefonamos para combinar mais alguma coisa”, explicou Manoel.

O negócio já emprega os familiares do eletricista, que acabou abrindo uma segunda loja para a filha, a Império Reformas e Construções. “Ela dá suporte à minha loja, porque tem hora que não dou conta da demanda, e ainda dou suporte à dela”, contou. Manoel revelou ainda que pretende expandir os negócios para Campina Grande, onde planeja abrir uma loja em 2015. “Já peguei o contrato da rodoviária de lá, e agora quero abrir uma loja”. O eletricista confessou que não esperava crescer tanto, e de maneira tão rápida, quando começou o negócio, e atribuiu seu sucesso à formalização. “Acho que começou com o CNPJ, porque transmite confiança o cliente ver que você é uma empresa e que se alguma coisa der errado ele pode até lhe processar. O CNPJ abre muitas portas, e nesse sentido o Sebrae me ajudou muito”, apontou Manoel, que realizou por meio da entidade o registro inicial de MEI.

Como a formalização, via MEI, é gratuita e sem burocracia, pois é feita pela internet, o custo baixo para manter uma empresa vem atraindo milhares de paraibanos todos os anos, o que garante cidadania empresarial e novos mercados para os pequenos negócios.