Mulheres comandam 37% dos pequenos negócios da Paraíba

Nesta segunda-feira (19) é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino.

Ellen Pereira e Poliana em seu bar
Mulheres comandam 37% dos pequenos negócios da Paraíba
Ellen Pereira e Poliana em seu bar

Do total de pequenos negócios em atividade no estado, 37% são comandados por mulheres, de acordo com dados do Sebrae Paraíba referentes ao segundo trimestre deste ano. Segundo a Analista Técnica do Sebrae Paraíba Renata Câmara, a participação da mulher no comando de empresas veio crescendo ao longo dos anos. Valorizando o destaque da mulher nos negócios, nesta segunda-feira (19), é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino.

“A mulher vem cada vez mais ocupando um espaço de protagonismo na manutenção da própria casa”, explicou a analista. Os dados que ela apresenta são da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) que buscou identificar o perfil dos empreendedores brasileiros, segundo o gênero. Por isso, as mulheres se destacam no caso dos “Empreendedores Novos”, com até 3,5 anos. O que indica que, entre 2013 e 2015, possivelmente ocorreu um movimento mais forte de entrada de mulheres na atividade empreendedora.

A pesquisa mostra que a mulher normalmente tem um nível de escolaridade maior que o homem. “Isso faz diferença no processo de gestão empresarial, da visão de negócio, da capacidade de se reinventar, de ser mais flexível”, disse Renata. O perfil feminino é de jovens, com grau de escolarização maior e ganham, em média, menos que os homens. Ainda segundo a pesquisa, há uma menor proporção de mulheres casadas.

Na prática

Um dessas mulheres é a paraibana Ellen Pereira, que abriu um bar em Tambaú junto com a sua sócia há 1 ano. Segundo ela, houve uma resistência por parte dos clientes dela por ser de um bar comandado por mulheres. “Principalmente aqui na rua. Por ser um espaço que tem uma cultura do rock, motoqueiros e tal”, disse.

Elas decidiram implantar um seguimento da rua, estilo pub, mas com uma outra proposta em um lugar tradicional em João Pessoa. “Até que foram entendendo que a gente sabia mesmo o que estávamos fazendo, que somos empreendedoras e que não viemos para brincar”, contou Ellen.

* Sob supervisão de Aline Oliveira