Paraíba tem 139 cooperativas

Média do IDH das cidade paraibanas que possuem algum tipo de cooperativa é maior do que o das cidades onde nã há  a iniciativa.

Hoje é comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo. Na Paraíba, o setor envolve diretamente mais de 50 mil pessoas, entre cooperados e trabalhadores. Segundo informações do Sistema OCB/PB (Sindicato e Organização das Cooperativas da Paraíba), existem 139 cooperativas funcionando no Estado e os indicadores socioeconômicos das cidades em que elas estão presentes mostram que o setor tem razões para comemorar.

Em 36 municípios onde há cooperativas, a média do IDH é de 0,619 – 6,4% maior que a média das cidades onde não há cooperativas (0,582). O PIB per capita dos municípios paraibanos com cooperativas é 47,9% maior que o das outras cidades. Para o presidente do Sistema OCB/PB, André Pacelli, estes números mostram que as cooperativas paraibanas, em cada ramo, têm tido participação destacada na economia, gerando crescimento econômico e incremento social na região onde elas estão inseridas.

Pacelli destaca que os números apresentados pelo Sistema OCB/PB são expressivos mesmo sem mensurar o impacto indireto do cooperativismo, em termos de geração de emprego e renda. “O sistema Unimed, por exemplo, movimenta toda uma cadeia composta por clínicas privadas, hospitais e laboratórios, que emprega uma massa importante e qualificada. Sem contar que os empregos gerados por nossas principais cooperativas dos ramos saúde e crédito tem uma massa salarial relativamente alta”, afirma.

O presidente do Sistema OCB/PB também observa que, nos últimos anos, o setor cooperativista cresceu em outras áreas com o surgimento de novas cooperativas em ramos como transportes, agricultura familiar e trabalho (assistência técnica rural) e mineração.

FOMENTO À ECONOMIA

“É preciso que as pessoas tomem conhecimento e entendam que a empresa cooperativa é a melhor alternativa para a organização econômica da sociedade, quando não se pode contar com elevada quantidade de empreendedores detentores de capital para investimentos produtivos, como é o caso da Paraíba”, afirma o economista Rafael Bernardino.

Bernardino também destaca que uma cooperativa é sempre a melhor alternativa para atender "carências comuns" das comunidades. “Uma carência de abastecimento, por exemplo, pode ser sanada através da união de pessoas e a formação de uma cooperativa de consumo. Uma carência de trabalho e renda também poderá ser resolvida através do cooperativismo que, com os 13 ramos definidos pelo Sistema OCB, atende a praticamente todas as áreas da atividade econômica”, destaca.