PB é só 7º mercado de planos de saúde do NE

Apenas 11% dos paraibanos contam com plano de saúde, segundo levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar.

O mercado de planos de saúde tem ainda margem de crescimento nos próximos anos no Estado. No ano passado, 36.953 paraibanos aderiram a planos de saúde. O Estado fechou 2013 com 422.137 usuários, contra 385.184 de dezembro de 2012, alta de 8,75%. Apesar da alta, a Paraíba tem apenas o 7º maior número de usuários do Nordeste, ficando à frente apenas de Sergipe (314 mil) e Piauí (259 mil).

Apenas 11% da população estadual conta com este serviço, segundo aponta o levantamento realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O estudo mostrou ainda que o mercado da Paraíba registrou crescimento acima do Nordeste (5,8%) e do país em 2013, mas o número de usuários com plano de saúde proporcionalmente à população do Estado, é menor que a maioria dos estados do Nordeste.

Com mais de 130 mil clientes na Paraíba, a Unimed-JP é um dos planos mais conhecidos no Estado. A gerente de Negócios da Unimed-JP, Flávia de Lourdes, afirmou que o desafio dos planos de saúde, em qualquer região do país, é desenvolver produtos que atendam às classes sociais que se encontram em ascensão, particularmente as pessoas que recebem até sete salários mínimos. “A Unimed JP, que é a maior operadora de planos de saúde da Paraíba, com mais de 130 mil clientes, está trabalhando para chegar até esse público. As dificuldades existem quando falta foco”, frisou.

Segundo Flávia de Lourdes, a área de atuação da Unimed JP é a Grande João Pessoa e o Brejo, já que nas demais regiões do Estado atuam outras operadoras do Sistema Unimed. “Apesar de não dispormos de dados estatísticos a respeito, é possível afirmar que existe uma carência de planos no interior com base em prospecções”.

Já o plano de saúde HapVida chegou há menos de dois anos no mercado paraibano e conta com 25 mil clientes no Estado.

Segundo a diretora de Marketing e Comunicação da operadora, Simone Varella, um dos maiores desafios para a chegada do plano na região é aliar qualidade e preço.

“Saúde não tem preço, mas tem custo. Construir uma solução de saúde com qualidade que seja acessível na região Nordeste é um grande desafio. Não apenas pela distribuição de renda, que nos últimos anos vem evoluindo, mas principalmente pela escassez de recursos. Até dezembro de 2014, nosso objetivo é alcançar uma participação de 15% do mercado paraibano”, destacou.

Ela lembrou que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a distribuição de leitos de UTIs para os cidadãos não é proporcional, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

“Então, para nós, é uma realização poder criar uma ponte de acesso à medicina de alta complexidade. No último ano, por exemplo, inauguramos leitos de UTI Neonatal, Adulto e Pediátrico. Porém, o desafio não para por aí. Não adianta implementar o serviço se não o tornamos acessível. Portanto, um dos nossos focos do nosso trabalho é fazer uma gestão eficiente de custo, para que o nosso plano possa caber no orçamento do cliente”.

NORDESTE PASSA SUL

A pesquisa, que levou em consideração os dados de 2013 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), revelou ainda que a Região Nordeste é a segunda do país nesse mesmo índice, com um total de 6,8 milhões de beneficiários, superando a Região Sul, que tem 6,7 milhões. Na região, os estados da Bahia (1,620 milhão) e Pernambuco (1,506 milhão) e o Ceará (1,2 milhão) lideram o número de usuários de planos de saúde.